Avaliação do uso de baixos volumes correntes, associados ou não a manobras de recrutamento alveolar, na oxigenação de cães submetidos a ventilação mecânica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rodrigues, Renata Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-28022019-105903/
Resumo: Hipercapnia, hipóxia e atelectasia pulmonar são eventos comuns em pacientes anestesiados. A ventilação mecânica pode ser usada nesses casos para garantir adequada troca de gases dos pacientes e melhora da oxigenação, porém seu uso implica em efeitos hemodinâmicos e pulmonares indesejáveis. Para minimizar estes, baixos valores volumes correntes são recomendados, além do uso de pressão positiva ao final da expiração (PEEP) e manobras de recrutamento alveolar (MRA). Este estudo intencionou avaliar o uso de volume corrente de 8mL/kg, além do uso de PEEP associada, ou não, a MRA quanto a oxigenação e troca gasosa de cães jovens, ASA I e II, submetidos a anestesia geral inalatória, para cirurgias ortopédicas e odontológicas, durante 1 hora e que permaneceram em decúbito dorsal. Para tanto, foram utilizados 27 cães, divididos em 2 grupos (14 no grupo PEEP e 13 no grupo MRA) de acordo com o uso isolado de PEEP ou associado a MRA. Todos os pacientes receberam acepromazina 0,03 mg/kg associada a meperidina 3 mg/kg (IM) como MPA, indução realizada com propofol em dose suficiente para intubação orotraqueal e manutenção realizada com isoflurano 1,0 a 1,6% em FiO2 de 50%. Todos os cães foram mantidos em decúbito dorsal logo após intubação, instituição do protocolo de ventilação determinado de acordo com o grupo em que foi alocado e uso de bloqueador neuromuscular rocurônio na dose de 0,6 mg/kg (IV). Após 15 minutos de instrumentação e estabilização do plano anestésico os dados de mecânica ventilatória, gasometria arterial, oxigenação e hemodinâmica foram coletados (M0). No grupo em que se realizou MRA, a PEEP saiu de 0, sofrendo acréscimos de 5 cmH2O a cada 3 minutos, chegando a 15 e retornando gradativamente a 5 cmH2O, pressão na qual foi mantido durante o resto do tempo anestésico. No grupo PEEP foi instituída a pressão de 5 cmH2O, sendo mantida até a extubação. Ao final da MRA (M15 15 minutos após M0) todos foram novamente coletados, assim como em M30 e M60 (respectivamente, 30 e 60 minutos após M15). Através dos parâmetros de capnometria, observou-se que o volume corrente utilizado foi eficiente para garantir troca gasosa em todos os pacientes incluídos no estudo. O uso da MRA foi suficiente para reabrir as áreas colapsadas do pulmão em M0, porém, quando comparado seus índices de oxigenação e complacência com aqueles encontrados no grupo PEEP, não houve superioridade de um dos grupos. O uso de PEEP 5 cmH2O foi capaz de manter os alvéolos sem sofrer re- colapso ao longo do período do estudo. O uso de MRA ou PEEP não interferiu nos parâmetros de hemodinâmica dos cães inseridos no estudo.