Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Gouveia, Cristiane Talita Gromann [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/134221
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Resumo: |
Na década de 70 do século XX, em alguns estados do Brasil, foi implantado o Projeto Logos II, com o objetivo de formar, em regime emergencial, professores que eram leigos, habilitados em segundo grau para exercício do magistério. Esse programa trabalhava com sistema modular e possuía um plano de atividades diversificado e flexível, no qual o aluno estabelecia seu próprio ritmo de aprendizagem. Os encontros com o orientador de ensino eram mensais, quando aconteciam também as aplicações de testes. No estado de Rondônia (extinto Território Federal de Rondônia), levantamentos apontam que o Projeto foi desenvolvido entre as décadas de 1970 a 1990. Assim, as questões que norteiam esta pesquisa são: como se deu a implantação do projeto-piloto e quais foram as mudanças na organização política-pedagógica do Projeto Logos II em Rondônia? Dessa forma, o estudo que propomos tem como objetivo elaborar uma interpretação histórica sobre a implantação e funcionamento do projeto-piloto do Projeto Logos II no estado de Rondônia, bem como analisar as mudanças na sua organização política-pedagógica ao longo do tempo. A investigação situa-se na área da História da Educação, com ênfase na formação de professores, e segue, na historiografia, a corrente "História Cultural", tendo como aportes teóricos, principalmente, o paradigma indiciário de Carlo Ginzburg, o conceito de “história cultural” de Peter Burke, a crítica ao documento de Marc Bloch, o documento/monumento como posto por Jacques Le Goff e, finalmente, as teorias sobre os diversos tipos de memória de Maurice Halbwachs. Como fontes históricas foram consideradas as legislações, fichas de matrículas, históricos escolares, diplomas, módulos, fotos de alunos e professores, além de outros documentos, bem como entrevistas que foram realizadas com alunos, professores e coordenadores da cidade de Vilhena-RO. Constatamos como principais resultados a mudança no perfil do projeto entre a época do Governo da Ditadura Militar, com um controle centralizado, e a da Nova República, baseada em valores democráticos, o que influenciou na descentralização do Logos II, deixando o programa de ser responsabilidade da esfera Federal e passando a ser controlado pelos estados. Com o passar do tempo, o Projeto, que inicialmente era pautado no modelo tecnicista Taylorista/Fordista, seguiu o fluxo das mudanças ocorridas na educação no país e passou a adotar as características do modelo Toyotista. No Logos II, vimos os indícios do modelo Toyotista por diversas vias, como, por exemplo, pelo controle da qualidade por meio das provas abrangentes. Na estrutura do projeto, houve mudanças na função do supervisor docente e orientador de aprendizagem, que passaram a ser uma única função. Os conteúdos dos módulos passaram por reajustes à medida que o MEC e o CETEB foram percebendo a necessidade. No início do programa, o Estágio era supervisionado, depois passou a ser não supervisionado, tendo como apoio os Encontros Pedagógicos e o microensino, e, posteriormente, voltou a ser supervisionado - porém, como uma fusão dos dois modelos anteriores. |