Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Scotuzzi, Nathalia Sorgon |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/252931
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Resumo: |
O objetivo desse trabalho é o de desenvolver uma conceituação a respeito do termo terror cósmico. A escolha pelo uso do termo terror, e não horror, para esse conceito, deu-se devido às diversas definições apresentadas por teóricos que diferenciam estes efeitos, apresentando o terror como aquela emoção ligada à apreensão e à antecipação em relação a um evento ou objeto insólito, enquanto o horror costuma ser definido como a emoção arrebatadora proveniente do encontro direto e inescapável com tal objeto ou evento insólito. Muitas vezes abordado como um gênero ou subgênero, ou ainda como recorte histórico da literatura de horror, o terror cósmico carece de fundamentações e de uma teoria que apresente suas características. Nesta tese, assim, proponho a abordagem do conceito pela perspectiva de categoria estética. Para isso, parto de estudos prévios a respeito de outras categorias estéticas, em especial o sublime, o qual em muitos pontos se assemelha ao terror cósmico. É a partir dessa aproximação que estabeleço as semelhanças para partir em busca das diferenças entre essas duas categorias e assim mostrar de que forma se compõe o terror cósmico. Uso como base teórica principal desta questão o pensamento de Edmund Burke, Immanuel Kant, João Pedro Lima Bellas e Vivian Ralickas. A perspectiva tomada neste trabalho fez com que o terror cósmico se configurasse a partir dos efeitos que causa em seus personagens e leitores, a partir de estratégias específicas para se chegar a esses fins. Entre os temas mais comuns estão o ser extraterrestre, uma ameaça incompreensível, a ciência, a arte insólita, a loucura e a exploração geográfica. As estratégias narrativas utilizadas no terror cósmico partem das premissas do fantástico e, assim como enquanto efeito, ele se assemelha ao sublime para se definir de sua própria maneira, também utilizando as bases do fantástico para extrapolá-las. O principal teórico utilizado neste trabalho em relação ao fantástico é David Roas. As conclusões deste trabalho são de que o terror cósmico é uma categoria estética que se relaciona com sentimentos primitivos do ser humano: o medo do desconhecido, a ansiedade em relação ao que não se pode compreender e o estranhamento frente uma nova parcela do mundo que jamais se imaginara existir e não se pode assimilar em sua completude. Tais sentimentos chegam ao leitor não em forma de medo, como nos personagens, mas como ideias a serem apreciadas, gerando prazer a partir do momento em que instigam sua imaginação. Entre as bases teóricas gerais utilizadas neste trabalho estão também Noël Carroll, Wolfgang Iser, S. T. Joshi e Edgar Allan Poe. |