Abordagem semiótica dos textos de auto-ajuda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Merenciano, Levi Henrique [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93943
Resumo: A procura do leitor brasileiro pelo discurso de auto-ajuda tem sido um fato inegável contemporaneamente. Por isso, este trabalho visa descrever a organização e o funcionamento dos textos de auto-ajuda mais vendidos de 1991 a 2006, a partir dos rankings “auto-ajuda e esoterismo”, listados semanalmente pela revista Veja. A partir de um corpus organizado por meio do levantamento dessas listas de livros, o objetivo central consiste em sugerir uma tipologia lingüística para os discursos de auto-ajuda mais vendidos atualmente. A abordagem semiótica de orientação greimasiana possui critérios adequados de descrição do plano de conteúdo, com vistas a oferecer uma definição tipológica mais refinada dos discursos. Os níveis fundamental, narrativo e discursivo, na sua dimensão sintagmática e paradigmática, do percurso gerativo de sentido, podem oferecer um quadro suficiente de elementos descritivos, segundo a maior ou menor incidência dos seus componentes na organização dos discursos, tais como: o investimento axiológico das categorias fundamentais (euforia e disforia); os percursos dos actantes funcionais (destinador-manipulador, destinatário-sujeito e do destinador-julgador); as fases da narrativa (manipulação, competência, perfórmance e sanção); a natureza do objeto-valor (cognitivo ou pragmático, modal ou descritivo); a projeção do sujeito da enunciação (as marcas do enunciador e do enunciatário); e a constituição discursiva (textos predominantemente figurativos, predominantemente temáticos ou equivalentemente temático-figurativos). A auto-ajuda, à maneira dos discursos técnicos (manuais de montagem, receitas de cozinha, por exemplo), tende a privilegiar a fase da competência. Nesta, o percurso do destinador-manipulador contribui para que o seu enunciatário (a projeção do leitor) saiba e possa construir o valor subjetivo que procura. Nesse caso...