Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Damasceno, Léia Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/182017
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Resumo: |
A literatura apresenta profunda relevância para a formação integral do sujeito. Repensar e modificar a maneira de ler o texto literário contribui para a vida social e cognitiva do indivíduo, levando-o a desenvolver sua capacidade crítica e argumentativa e compreender o mundo em que vive. A leitura é uma atividade complexa que implica na produção de sentidos, mas o discurso que inflama de dentro das escolas é que os alunos não gostam e não leem. Sobre leitura é importante que os alunos leiam obras que atendem a indústria do entretenimento como também dos clássicos literários, ambas em “choque” no ambiente escolar. O propósito do estudo não se resume a atacar o cânone literário e supervalorizar a literatura de massa ou vice-versa e nem ratificar afirmações de que os alunos não leem ou estão distante de “bons livros”, mas sim problematizar essa bipolarização – cânones versus best-sellers. O trabalho não apenas confirmou as leituras realizadas pelos alunos, mas constatou a presença e a comercialização de outra literatura (os best-sellers) que não somente os clássicos. Sobre a comercialização dentro das escolas dos livros para a massa esta se dá por meio da Revista Avon (Avon Moda & Casa), permitindo cunhar o neologismo “avonesca” para designar os livros comercializados e lidos por consumidores dessa linha de cosméticos. Para tanto, foi utilizado a pesquisa qualitativa de cunho etnográfico e revisão bibliográfica que serviram de base para compreender os fenômenos em “choque” no ambiente escolar, considerando, principalmente, os estudos Chizzotti (2003), Telles (2002), Zarharlick e Grenn (1991). As investigações e coleta de informações se deram por meio de entrevistas, questionários, observações e anotações em diário pessoal. No que a tange a ampliar conceitos e relações entre a leitura, a literatura e a escola ganharam espaço os estudos de Bamberger (2001), Bloom (2011), Chartier (1996), Colomer (2007), Demo (2006), Freire (2011), Lajolo (2001; 2002; 2004), Solé (1998). O estudo sobre letramento, que ficou a cargo de Soares (1995; 2006; 2010), serviu de porta de entrada para o letramento literário na qual foram utilizados os estudos de Cosson (2011), Ceccantini (2004), Colomer (2003), Lajolo (2001; 2002), Zanchetta (2004) e Zilberman (1991; 2001), além de Candido (1972; 2006) e Eagleton (2006) responsáveis pela crítica literária. Quanto à dicotomia literatura de massa/best-sellers e cânone/clássicos literários serviu de embasamento, principalmente, os postulados de Bloom (1995), Calvino (1993), Ceccantini (2006), Cosson (2004), Eco (1991), Machado (2002), Sodré (1978; 1988), Todorov (2007), Zilberman (1987). Por fim chegou-se a análise dos dados, a partir dos quais foi possível desmitificar a ideia de que os alunos não leem. Essa inverdade não apenas ruiu, como permitiu compreender a necessidade do professor em reforçá-la, já que também deixam a desejar no quesito leitura. Considerações importantes foram levantadas sobre a atuação da gestão em relação à leitura e a sala de leitura, cuja relevância praticamente inexiste. |