Avaliação eletrofisiológica e histopatológica do músculo estriado esquelético em cães naturalmente acometidos pela leishmaniose visceral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Ferraro, Gisela Cristiane [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/104638
Resumo: A leishmaniose visceral canina é uma enfermidade geralmente crônica que pode causar hipertermia, perda progressiva de peso, caquexia e atrofia muscular. Existem na literatura relatos da observação de formas amastigotas do parasita na musculatura estriada esquelética de cães, entretanto a patogenia da miopatia permanece incerta. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar as alterações eletromiográficas e histopatológicas em músculos estriados esqueléticos de cães naturalmente acometidos por leishmaniose visceral. Para tanto, 25 cães adultos, machos ou fêmeas, sem raça definida e com diagnóstico parasitológico e sorológico estabelecido para a doença foram utilizados. Os músculos selecionados foram: cabeça longa do tríceps braquial, extensor carpo radial, bíceps femoral e cabeça lateral do gastrocnêmio. Entre os achados eletromiográficos estão o aumento (24% dos cães) e diminuição (68%) da atividade elétrica insersional; presença de potenciais espontâneos (52%) durante a atividade elétrica de repouso, caracterizados por ondas positivas, fibrilações e descargas complexas repetitivas; e recrutamento alterado (72%) na atividade elétrica voluntária. O exame histopatológico revelou variados graus de degeneração e necrose (80%); presença de infiltrado inflamatório mononuclear (48%); presença de fibrose (56%); variação no diâmetro das miofibras (60%); e presença de células adiposas no endomísio (40%). Estas alterações são consistentes com um quadro de polimiosite em fase crônica para 52% dos animais, em fase aguda para 8% e em fase indefinida em 16%.