Ureterostomias cutânea e colônica em suínos: avaliação da exequibilidade das técnicas e complicações pós-operatórias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Prado, Tales Dias do [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Pig
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/134345
Resumo: O aumento da expectativa de vida dos animais de companhia favorece a ocorrência de casos de câncer, como o de bexiga. De forma que, faz-se necessário dispor de alternativas que minimizem o sofrimento e melhorem a qualidade de vida desses pacientes após a remoção cirúrgica da bexiga. O objetivo da presente pesquisa foi avaliar a exequibilidade da técnica de ureterostomia cutânea em suínos após a realização da cistectomia total, quando comparada à técnica de ureterostomia colônica, assim como registrar e avaliar as alterações pós-operatórias. Foram utilizados 20 animais, distribuídos em dois grupos. Todos foram submetidos à cistectomia radical e, em seguida, a ureterostomia cutânea ou colônica. A exequibilidade das técnicas foi avaliada durante os procedimentos. Para tal observou-se o tamanho da incisão, o tempo de diérese, de realização da derivação urinária e o tempo de síntese, estimou-se a perda sanguínea e o grau de dificuldade na realização dos procedimentos de preparo dos ureteres, preparo do sítio de ureteroanastomose e realização da implantação ureteral. As avaliações clínicas foram realizadas durante 14 dias, quando foi realizada a eutanásia dos animais. Após a eutanásia foram realizadas avaliações macroscópicas dos rins, ureteres, dos sítios da derivação urinária e também foram feitas análises microscópicas dos rins e microbiológicas da urina. Os resultados indicam que a ureterostomia cutânea apresentou maior eficiência quando comparada à colônica nos quesitos perda de sangue, tamanho da incisão realizada e facilidade de realização da anastomose. Os tempos dos procedimentos realizados assim como o grau de dificuldade no preparo dos sítios de ureteroanastomose não diferiram entre si. Observaram-se óbitos espontâneos em 50% dos animais de cada grupo. Complicações clínicas como anorexia, dor à palpação abdominal, vômito e febre foram observadas entre os dias três e seis após as cirurgias e observou-se que a maioria dos animais com estas alterações morreram antes da eutanásia. Poucos animais apresentaram aumento sérico de creatinina, ureia, cálcio e fósforo. As avaliações macroscópicas incluíram hemorragia renal, pielonefrite, hidronefrose, dilatação da pelve, dilatação dos ureteres, falha na anastomose e uroperitônio. Os achados histopatológicos foram cilíndros hialinos intertubulares, nefrite, fibrose, pielonefrite, degeneração tubular, necrose, hemorragia, dilatação tubular e atrofia do parênquima renal, em ambos os grupos. A análise da urina permitiu identificar principalmente dois patógenos, E. coli e Staphylococcus spp. Não houve diferenças estatísticas entre grupos no período pós-operatório. Assim, concluiu-se, que ambas as técnicas podem ser indicadas como derivações urinárias viáveis e que a escolha dependerá de fatores intrínsecos ao cirurgião e ao paciente.