Cursinhos alternativos e populares: movimentos territoriais de luta pelo acesso ao ensino público superior no Brasil. -

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Castro, Clóves Alexandre de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/89799
Resumo: Os Cursinhos alternativos e populares por meio dos processos que os constituíram, contados por seus atores é o enfoque desse trabalho. Educadores populares, estudantes, agentes de pastorais, movimento negro e um terreno bastante fértil oriundo dos movimentos populares das décadas passadas contribuíram para dar expressão aos Cursinhos pré-vestibulares alternativos e populares disseminados, hoje, em todo país. Apresentam-se assim como alternativa econômica aos fast food da educação e como alternativa política a projetos educacionais que têm como centralidade a reprodução de valores da sociedade competitiva do capital e suas avaliações pautadas em análises meritocráticas, as quais não revelam com fidelidade as potencialidades dos candidatos em quaisquer exames de concursos. As duas frentes nas quais nosso objeto se projeta como alternativa, têm suas raízes na forma que tem assumido o aparelho de Estado na sociedade brasileira. Desde os seus primórdios, a sociedade brasileira se organizou, com relação as suas instituições, a exemplo dos colonizadores portugueses, de uma forma confusa envolvendo a coisa pública e privada e seus respectivos interesses. Ao fazermos o resgate do processo de constituição do aparelho de Estado português, expressão daquela sociedade nos tempos em que foi analisado, foi possível compreender a sociedade brasileira e o aparelho de Estado que ela gerou, pois o Estado é a expressão da hegemonia política e cultural da sociedade em uma determinada época. No Brasil, essa hegemonia transformou, por meio do comando da máquina pública, uma rede de serviços essenciais em grandes negócios particulares com investimentos públicos.