Os cursinhos populares: um estudo comparado entre MSU e EDUCAFRO - MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Siqueira, Camila Zucon Ramos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Educação, estado e sociedade; formação de professores e práticas educativas
Mestrado em Educação
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3435
Resumo: Essa dissertação trata dos cursinhos pré-vestibulares populares no Brasil. Mais especificamente acerca de dois grupos articuladores dessas experiências: o Movimento dos Sem-Universidade MSU e a Educação e Cidadania para Negros e Carentes EDUCAFRO. Ao longo da trajetória dos movimentos sociais no Brasil, a partir da década de 1990, eles abrandam seu caráter contestatório, tornando-se mais propositivos e acompanhando a chamada globalização . O objetivo deste trabalho foi compreender comparativamente o MSU e a EDUCAFRO, investigando as diferenças na estratégia e filosofia política de ambos para democratização do acesso ao ensino superior. A trajetória da pesquisa parte do histórico dos movimentos sociais no Brasil, da educação popular nesse contexto, seguido do surgimento e um breve histórico dos prévestibulares populares no País, tendo como foco do estudo o MSU e a Educafro, a partir de uma análise comparada. A metodologia utilizada para compreender esses núcleos foi uma revisão de literatura, entrevistas semiestruturadas com membros do MSU-Minas e da EDUCAFRO-Minas e, por fim, um grupo focal com a presença de ambos. Detectamos que as principais convergências entre as experiências se situam no âmbito da sua tática e funcionamento de atuação. As tensões residem na atuação política desses e na compreensão da educação pública. As articulações se dão na atuação direta, ou seja, nas lutas concretas e pautas unificadoras como: Cotas, ProUni, isenção da taxa de inscrição no vestibular. Há momentos de união entre as partes analisadas, porém evidencia-se que a noção de educação pública é diferenciada entre MSU e EDUCAFRO. A compreensão das ações afirmativas também gera divergências: o MSU as compreende como paliativas, enquanto a EDUCAFRO as enxerga como uma reparação ao povo negro, objetivando a transformação estrutural.