Aspectos da função muscular em mulheres com dor femoropatelar e suas implicações no padrão de movimento durante a subida de escada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ferreira, Amanda Schenatto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154167
Resumo: A Dor Femoropatelar (DFP) acomete com maior frequência mulheres e é exacerbada ao executar atividades com suporte de peso associada a flexão do joelho, tais como subida de escada. Apesar da etiologia permanecer indefinida, diversos fatores são atribuídos ao desenvolvimento da DFP, dentre os quais destaca-se a diminuição do torque dos músculos do joelho e quadril. Entretanto, os tratamentos que visam o fortalecimento dessa musculatura nem sempre apresentam resultados eficazes a longo prazo. Dessa forma, outros importantes aspectos da função muscular podem estar sendo negligenciados e necessitam ser investigados, tais como a estabilidade do torque e a taxa de desenvolvimento do torque (potência muscular). Diante disso, os objetivos gerais desta dissertação foram investigar a estabilidade do torque, taxa de desenvolvimento do torque e torque máximo dos músculos extensores de joelho e abdutores de quadril em mulheres com DFP, além de determinar a influência do torque muscular do quadril e da cinemática do retropé no padrão de movimento durante atividade funcional de subida de escada. A mensuração das variáveis de torque foi realizada através de dinamômetro isocinético. Já a análise cinemática foi realizada durante subida de escada em um set up experimental composto por 9 câmeras infravermelho para captação de ângulos articulares do quadril e retropé. Observou-se que mulheres com DFP apresentam diminuição da estabilidade do torque, taxa de desenvolvimento do torque e torque máximo nos músculos extensores de joelho e abdutores de quadril em comparação a mulheres assintomáticas. Além disso, o torque muscular máximo do quadril foi capaz de predizer de forma significativa o padrão de movimento alterado durante a subida de escada em mulheres com DFP. De acordo com estes resultados observa-se que importantes aspectos da função muscular têm sido negligenciados na literatura da DFP e precisam ser considerados durante a avaliação do indivíduo com DFP. Nesse sentido, exercícios de fortalecimento dos músculos do joelho e quadril associados a intervenções direcionadas a melhora da estabilidade do torque e potência muscular podem ser promissores para o tratamento da DFP.