Dinâmica populacional de pragas chaves e resistência na categoria por antibiose a Stegasta bosqueella (Lepidoptera: Gelechidae) em amendoim

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Di Bello, Mirella Marconato [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182491
Resumo: O amendoim (Arachis hypogaea L.) é uma importante oleaginosa cultivada em mais de 30 países. No Brasil, a produção de amendoim vem crescendo anualmente, devido a sua rentabilidade e como estratégia de adubação na renovação de canaviais. Entretanto, uma das limitações para o aumento da produtividade está relacionada com a ocorrência de pragas, com destaque aos tripes e lagartas. Dentre as espécies de lagartas de ocorrência na cultura se destaca a lagarta-do-pescoço-vermelho (Stegasta bosqueella). Os tripes além de causarem problemas diretos afetando o desenvolvimento da planta, também são responsáveis pela transmissão de viroses. Assim, associando-se o fato da importância destas pragas na cultura do amendoim, se faz necessário o conhecimento da dinâmica populacional nas regiões produtoras como uma ferramenta no manejo integrado de pragas, e explorar as táticas de controle destes insetos. Desse modo, os objetivos deste trabalho foram estudar a distribuição populacional de S. bosqueella e dos tripes Enneothrips flavens e Frankliniella schultzei e identificar potenciais cultivares resistentes de amendoim comercial. O trabalho de distribuição populacional das pragas, foi realizado em dois anos agrícolas, safra 2015/2016 e 2016/2017, em dois municípios produtores do Estado de São Paulo (Jaboticabal e Santa Adélia). As amostragens das pragas foram realizadas semanalmente com início aos 15 dias após a emergência (DAE) em folíolos e a partir de 36 DAE em flores e seguiram em ambos até os 90 DAE. Os dados de precipitações acumuladas e temperatura média semanal foram coletados e correlacionados com a incidência de pragas, pela análise de correlação linear de Pearson (r). O número de pragas apresentou correlação com as variáveis metodológicas. Em períodos de maior concentração de precipitações houve a redução de pragas na cultura do amendoim. Para ambas as regiões avaliadas até os 29 DAE o número de insetos presentes na cultura foi baixo, em média começando a aumentar próximo aos 36 DAE, seguindo até os 71 DAE quando a população começou a decrescer. A espécie F. schultzei, foi encontrada em altas populações nas flores. O objetivo do seguinte trabalho foi avaliar possíveis fontes de resistência do tipo antibiose em cultivares de amendoim a S. bosqueella. Foram avaliados os parâmetros de desenvolvimento do inseto, incluindo pesos de lagarta e pupa, períodos de larva, pré-pupa e pupa, longevidade de adulto, razão sexual e sobrevivência larval. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (P ≤ 0,05), além da análise multivariada de componentes principais. Assim, IAC 503 foi considerada como moderadamente resistente na categoria antibiose a S. bosqueella. Espera-se que os resultados obtidos nesse trabalho possam contribuir para o conhecimento científico e fornecer subsídios para o desenvolvimento de estudos que contribuam com o Manejo Integrado da lagarta-do-pescoço-vermelho e tripes em amendoim.