Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Cola, Diego Faria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204930
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Resumo: |
O controle de ectoparasitas em bovinos é baseado no uso intensivo de acaricidas, desencadeando o desenvolvimento da resistência nos parasitas aos diversos compostos. Isso leva a problemas relacionados à biodisponibilidade, poluição ambiental, toxicidade para o hospedeiro e manejadores, e poder cumulativo de resíduo em produtos de origem animal. Nanotecnologia é utilizada para tentar diminuir e evitar estes problemas, possibilitando a confecção de nanopartículas que permitem o desenvolvimento de sistemas coloidais focados na entrega de nutrientes e fármacos. Deste modo, este estudo teve por objetivo preparar, caracterizar e desenvolver sistemas nanocarreadores a partir da zeína, associando ivermectina e isolados vegetais para otimizar o controle de carrapatos, produzindo formulações alternativas visando aplicações em veterinária. Nanopartículas de zeína foram desenvolvidas pelo método de precipitação com anti-solvente, sendo analisadas em função do tempo (0 a 120 dias), avaliando suas propriedades físico-químicas, como, pH, diâmetro hidrodinâmico, polidispersão, potencial zeta e eficiência de encapsulação. Foram também realizados testes in vitro com R. (B.) microplus para determinar a eficácia carrapaticida, através de testes de pacote com larvas (TPL) e imersão de larvas (TIL) e adultos (TIA), além de avaliar a atividade residual das formulações desenvolvidas. Teste de toxicidade em Caenorhabditis elegans também foi realizado após constatação da ação carrapaticida. As formulações apresentaram diâmetro médio inicial por volta de 166 nm para nanopartículas sem ativos com potencial zeta de -21 mV. Ao se realizar a encapsulação, ocorreu aumento de tamanho médio para cerca de 203 nm e de potencial zeta para -14 mV. Todas as nanoformulações apresentaram inicialmente índice de polidispersão próximo a 0,2, e concentração de partículas entre 1,2 e 1,4 x 1013 partículas/mL. Durante o estudo as nanoformulações apresentaram aumento de tamanho e polispersão, e diminuição na concentração de partículas. Os ensaios in vitro realizados sobre R. (B.) microplus demonstraram que a nanopartícula de zeína sem nenhum composto não apresenta efeito, porém ao adicionar os compostos ativos, todas as formulações apresentaram ação acaricida, obtendo-se no TPL mortalidade entre 74 e 100%, e atividade residual superior a 94% no período de 30 dias. Já para o TIA, a eficácia foi superior a 72% em concentrações entre 5 e 0,313 mg/mL, e no TIL as nanoformulações apresentaram eficácia de 100% em concentrações entre 5 e 0,625 mg/mL. No teste de toxicidade com C. elegans observou-se que as nanoformulações não ocasionaram alterações após a exposição. Assim, foi possível desenvolver nanoformulações estáveis, permitindo o desenvolvimento de novos nanocarrapaticidas empregando-se menor concentração de princípios ativos, mantendo a eficácia, diminuindo o risco de presença de resíduos, promovendo um controle parasitário mais seguro. |