Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pacheco, Poliana Araujo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64134/tde-31102023-094720/
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Resumo: |
Os fitoquímicos podem aumentar o efeito da ivermectina (IVM) através da modulação da atividade da glicoproteína P (PgP), uma proteína de transporte transmembrana que livra as células de nematóides como o Haemonchus contortus de moléculas tóxicas e considerado um dos principais mecanismos de resistência à IVM. Uma triagem completa foi proposta para verificar a interação entre IVM e fitoquímicos. A primeira etapa deste estudo foi avaliar e comparar a atividade anti-helmíntica de IVM isolada ou combinada com os principais componentes de óleos essenciais (alfa terpineno, beta citronelol, beta pineno, citronelal, limoneno, mentol e terpinoleno) e compostos fenólicos (epicatequina, epigalocatequina, gallocatequina pentagaloilglicose, procianidina e quercetina). Todos os compostos foram testados contra isolados suscetíveis (HcS) e resistentes (HcR) de H. contortus através do teste de desenvolvimento larval (TDL), teste de motilidade de adultos (TMA) e análise de expressão de PGP de vermes adultos por RT-PCR, usando verapamil (VP), conhecido modulador de PgP, como controle em todos os testes. No TDL, a concentração letal de IVM necessária para matar 50% dos nematóides (LC50) foi 10 vezes maior para HcR do que para HcS. IVM + VP inibiu a atividade de PgP em HcR. IVM + limoneno e IVM + quercetina mostraram-se semelhantes a IVM+VP e foram escolhidos para testes subsequentes. No AMT, IVM + VP em HcR foram semelhantes a IVM + limoneno e superaram IVM + quercetina. Na expressão gênica de vermes HcR expostos a IVM, IVM+VP e IVM + limoneno, para a maioria das concentrações avaliadas, PGP-9 foi significativamente mais expresso em vermes tratados com IVM isolada do que em vermes tratados com IVM + VP ou IVM + limoneno. Em conclusão, o limoneno está envolvido na modulação do gene PGP-9 e restaurou a atividade de IVM no isolado HcR. Na última etapa foi proposto um experimento in vivo para verificar a interação entre o limoneno fornecido na dieta com o concentrado e uma etapa de vermifugação com dose única de ivermectina oral (1 mL/4kg/PV) em 24 cordeiros Dorper com aproximadamente 5 meses de idade infectados artificialmente com uma isolado resistente de H. contortus e distribuídos em 4 tratamentos: CONTROLE, LIMO (limoneno - 200 mg/kg/PV/dia), LIVM (limoneno + ivermectina - 200 mg/kg/PV/dia + dose única 1 mL de Ivermectina /4kg PV), IVM (1 mL/4kg PV). Foram coletadas amostras de fezes e sangue durante o período experimental e após 14 dias da administração da IVM aos respectivos tratamentos, todos os animais foram eutanasiados para contagem do total de vermes presentes no abomaso, avaliação de medidas morfométricas de machos e fêmeas, fertilidade das fêmeas. Não foram observadas diferenças nas contagens de vermes e parâmetros de comprimento de machos e fêmeas, nos tratamentos. No entanto, a fertilidade das fêmeas foi afetada, pois observamos diferenças estatísticas entre CONTROLE e LIMO e LIMO e LIVM. Sobre o FEC, o LIVM e o LIMO diferiram entre si e o IVM foi igual ao CONTROLE. LIVM diferiu do controle e IVM, IVM diferiu apenas de LIVM. O uso do limoneno associado a ivermectina pode ser uma alternativa de controle ao uso único de anti-helmínticos na pecuária, sendo importante detacar a necessidade de mais pesquisas de validação |