Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Filardi, Eloise Trostdorf Monteiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/255939
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Resumo: |
A tuberculose continua sendo um importante desafio para a saúde pública mundial ao longo dos anos, com cerca de dez milhões de novos casos e 1,2 milhões de óbitos registrados. O Brasil está entre os 30 países com alta carga de coinfecção por tuberculose e HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), sendo está uma das principais causas de morte nesse grupo específico. Controlar a disseminação da doença é uma prioridade global estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A infecção pode se manifestar de forma ativa ou latente. No primeiro caso, o diagnóstico pode ser feito por meio de exames de imagem ou pela identificação direta do agente etiológico. A dificuldade reside no diagnóstico da tuberculose latente (ILTB), na qual o indivíduo contaminado não apresenta sintomas nem sinais clínicos evidentes, apesar de os bacilos de Koch permanecerem nos granulomas, onde o Mycobacterium tuberculosis (MT) prolifera e se desenvolve até a eventual manifestação da tuberculose ativa, especialmente em pacientes imunossuprimidos nos quais o bacilo escapa do sistema imunológico. A resposta imunológica ao MT ocorre após a prévia sensibilização dos linfócitos T, que são responsáveis pela produção e secreção da citocina interferon-gamma (IFN-γ). Essa citocina pode ser quantificada por meio de um ensaio clínico, como o teste IGRA-TB, que é uma alternativa para o diagnóstico da ILTB. No entanto, o teste pode apresentar limitações de sensibilidade em pacientes com linfopenia e redução nos valores absolutos de linfócitos CD4+ e CD8+, os quais são responsáveis pela secreção de IFN-γ após a apresentação de antígenos da tuberculose por monócitos, resultando em falsos negativos ou resultados inconclusivos, especialmente em casos de coinfecção com o vírus HIV. O método de RT-PCR foi proposto para dosagem de RNAm de IFN-γ na presença de antígenos específicos do MT, ESAT-6 e CPF-10, demonstrando resultados promissores, com uma maior frequência de RNAm expresso em amostras que foram positivas para ILTB. Além de descrever o processo de padronização, implementação e propostas para o refinamento da dosagem de IFN-γ, o presente estudo também analisou a epidemiologia dos casos de tuberculose em cinco regiões diferentes do estado de São Paulo. Os resultados revelaram uma taxa de 14,3% de casos positivos para ILTB nas seguintes regiões: DRS III - Araraquara/São Carlos, XIII - Ribeirão Preto, VIII - Franca, XV - São José do Rio Preto e V - Barretos, juntamente com uma análise descritiva das populações estudadas. |