Rendimento da prova tuberculínica na investigação da Tuberculose Latente
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas - Universidade Federal do Pará
Faculdade de Ciências Farmacêuticas Brasil UFAM - UFPA Programa de Pós-graduação em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5719 |
Resumo: | O Pará é o quarto entre os estados brasileiros com as maiores incidências de tuberculose, com uma média de 3000 casos novos anualmente. Em 2010 foram 47 casos/100000 hab. e Belém é a terceira capital com mais de 90 casos/100000 hab. Um dos grandes desafios para o controle dessa doença é a identificação dos portadores da Infecção Latente Tuberculosa (ILTB) para que sejam tratados, a fim de reduzir o reservatório de M. tuberculosis, prevenir adoecimentos futuros e quebrar a cadeia de transmissão. Esse estudo teve como objetivo avaliar o rendimento da Prova Tuberculínica (PT) na investigação da ILTB, estabelecer uma relação entre o rendimento da PT e variáveis como contato de Tb, faixa etária, doença imunossupressora, tamanho do domicílio, entre outras, e verificar os fatores relacionados a prováveis falhas no seu rendimento. Trata-se de um estudo transversal, descritivo com abordagem analítica, realizado no Centro de Saúde Escola da UEPA, Belém-Pa, referência para a realização da PT. A amostra foi constituída por 328 pessoas, os dados foram analisados através dos testes Quiquadrado, Exato de Fisher e Regressão Logística Múltipla, através dos programas Bio Stat 5.0 e SPSS 17.0, com um nível de significância de 0.05. Dos 328 participantes, 196 (59,76%) apresentaram PT+, destes, 159 (81,12%) foram identificados com ILTB, com p-valor de 0.001, fortalecendo a importância da PT na identificação da ILTB. A PT+ foi predominante na faixa etária dos 40 a 49 anos (78,05%), eutróficos (58,29%), contatos de TB (68,37%), não usuário de medicamento imunossupressor (93,37%). As variáveis Contato de TB, Radiografia de Tórax sem alteração, Faixa Etária e a Presença de ILTB apresentaram associação com o Rendimento da PT. De forma que, pessoas que tiveram contato com TB, não apresentaram alteração na radiografia de tórax, na faixa etária de 00 a 04 anos, apresentaram, respectivamente, 71%, 55%, 33% mais chance de ter PT+ indicando ILTB. Assim, conclui-se que a PT continua fundamental em qualquer estratégia de controle da TB por ter alto valor preditivo na identificação da ILTB e está disponível nos Serviços Públicos de Saúde no Brasil. Sua precisão aumenta com a redução das prováveis causas de falhas, porém devido sua fragilidade em relação aos imunossuprimidos, é necessário realizar novos estudos que fortaleçam seus pontos fortes e descobrir novos testes capazes de suprir essa necessidade e que tenham aplicabilidade nos Serviços Públicos de Saúde. |