Elevado ao rés-do-chão: tensão crítica nas crônicas de Ricardo Ramos (Folha da Tarde 1984-1986)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Pinto, Aroldo José Abreu [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103695
Resumo: As pesquisas ora realizadas sobre as crônicas de Ricardo de Medeiros Ramos (1929-1992) estão organizadas em dois volumes, visando alcançar pelo menos dois objetivos. Inicialmente, procurou-se valorizar o resultado de um longo trabalho de recolha e sistematização do corpus básico de estudo, trazendo, na íntegra, a transcrição das 93 crônicas publicadas pelo autor, de 1984 a 1986, no Jornal Folha da Tarde e um estudo que busca dar conta da dualidade de visão na articulação dos significados, marcadamente distintiva desses textos. Num segundo volume, objetivou-se comprovar a tese de que, partindo de comentários aparentemente simples sobre fatos do cotidiano, Ricardo Ramos constrói seu texto sob uma constante tensão crítica, que instaura um novo modelo de comunicação em que tese e antítese têm sua síntese na elaboração estética engendrada pelo autor por meio da linguagem. Este modo particular de plasmar elementos não-literários (CANDIDO, 1969, p. 34), insere-se numa vertente da literatura do final do século passado, que se destaca pela nítida função de crítica social, criando um mundo novo, cujas leis fazem sentir melhor a realidade originária (CANDIDO, 1993, p. 10) e exigindo do receptor não uma postura empática e efetivamente identificadora com o texto, mas uma atitude atuante e interveniente no ato da leitura (FANTINATI, 1983, p. 49), sob o risco do texto não se completar em sua totalidade.