Teatralidade da palavra poética em Paranoia de Roberto Piva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Leite, Danilo Monteiro Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-30092010-102524/
Resumo: Esta dissertação aborda a teatralidade da palavra poética em Paranoia, primeiro livro de poemas de Roberto Piva, publicado no início dos anos 1960. Não se trata de poesia dramática, mas de poemas endereçados a uma assistência, operando nos limites entre Lírica e Épica, poesia e prosa oratória. A teatralidade do orador-declamador frente a um auditório está inscrita no texto, através de recursos como apóstrofes, anáforas, enumerações, o uso de paralelismos linguísticos, narrativas de forte teor imagético, efeitos de amplificação, paradoxos. Os poemas configuram-se, em grande parte, como caminhadas e reflexões de um sujeito lírico pela metrópole paulistana em meados do século XX, reconstituídas em chave onírica, sob o pathos da paranoia. Este sujeito é acometido por visões, que compõe um painel de acento épico de seu lugar e seu tempo, através da reelaboração de tópicos barrocos como o mundo como teatro, o mundo como labirinto, o mundo como sonho e a loucura do mundo.