Insultos e afagos: Silvio Romero e os debates de seu tempo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Pereira, Milena da Silveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93238
Resumo: O terceiro quartel do século XIX tornou-se conhecido como um efervescente palco de agitações culturais. Contou, entre outros acontecimentos, com o surgimento de uma “nova geração”, da qual Sílvio Romero foi um dos representantes por excelência. Nesse cenário, a polêmica, como procurarei desdobrar na dissertação, foi tomada como a forma mais profícua para o debate intelectual sobre a sociedade brasileira, sobre a construção da história da nação e sobre a produção literária, tendo se tornado um meio de interação, apresentação e autoafirmação dos intelectuais. Nos estudos sobre a obra de Sílvio Romero, a polêmica foi abordada sob diversos ângulos; contudo, o presente trabalho busca enfatizar sobretudo a polêmica como modeladora de uma idéia de Brasil e de povo brasileiro. Em outras palavras, partindo da hipótese de que a polêmica foi traço estruturante do pensamento do final do Oitocentos, proponho-me interrogar especificamente como um suposto discurso polêmico, sustentado pelas teorias evolucionistas, teria sido constitutivo da leitura que Romero fez da sociedade brasileira a partir da literatura nacional – por ele considerada o principal instrumento para o conhecimento do “espírito do povo brasileiro”. Questão que será explorada com o objetivo de se compreender os fundamentos dessa idéia de Brasil que então se consolidou e da qual somos de alguma forma herdeiros