Avaliação do reparo ósseo peri-implantar em ratos tratados com quimioterapia e dose oncológica de zoledronato.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Araujo, Nathália Januario de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/210838
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a influencia da terapia sistêmica com zoledronato, cisplatina, ou a associação das drogas, sobre o processo de reparo ósseo peri-implantar ao redor de implantes instalados em tíbias de ratos. Foram utilizados 80 ratos machos, com 6 meses de idade, pesando aproximadamente 450g. Os animais foram separados em 2 grandes grupos experimentais, grupo Tardio (TAR) e grupo Imediato (IME) e divididos nos seguintes subgrupos onde receberam os seguintes tratamentos: Grupo SAL-IME (n=10), Grupo SAL-TAR (n=10): duas injeções de 0,5 ml de solução salina a 0.9%; Grupo CIS-IME (n=10), Grupo CIS-TAR (n=10): uma injeção de Cisplatina (5mg/kg) e outra injeção de 0,5 ml de solução salina a 0.9%; Grupo ZOL-IME (n=10), Grupo ZOL-TAR (n=10): uma injeção 0,5 ml de solução salina a 0.9% e uma injeção de 100 μg/kg de zoledronato diluído 0,45 ml em solução de cloreto de sódio 0,9%; Grupo ZOL/CIS-IME (n=10), Grupo ZOL/CIS-TAR (n=10): uma injeção de Cisplatina (5mg/kg) e uma injeção de 100 μg/Kg de zoledronato diluído 0,45 ml em solução de cloreto de sódio 0,9%. A administação ocorreu por via intraperitoneal em um intervalo de três dias, durante oito semanas. Após 16 semanas do início do tratamento medicamentoso, os animais foram submetidos a instalação dos implantes nas tíbias direitas e esquerdas sob anestesia geral. Decorridos 16 semanas (grupo IME) e 24 semanas (grupo TAR) do início do tratamento medicamentoso, os animais foram submetidos à eutanásia pela administração de dose letal de thiopental (150mg/kg). As tíbias direitas e esquerdas foram coletadas e fixadas em formaldeído 4% e processadas de acordo com as análises propostas. A condição geral de saúde foi verificada durante todo o período experimental através do monitoramento do peso corporal e um minucioso exame clínico da região peri-implantar nas tíbias direita e esquerda foi realizado no momento das eutanásias. As tíbias selecionadas para análise histométrica do contato direto entre osso e implante foram processadas sem desmineralização. Os espécimes restantes foram submetidos ao processamento histológico convencional, constituído por desmineralização e inclusão em parafina. Foram realizadas secções semi seriadas de 4 µm de espessura em direção longitudinal à loja do implante, e os corteshistológicos foram selecionados e corados pelo método da Hematoxilina Eosina para as análises histopatológica dos tecidos peri-implantares e histométrica do tecido ósseo. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística (p≤0,05) em programa computacional especializado (Bioestat 5.0). Os animais pertencentes aos grupos CIS IME e CIS-TAR, apresentram menor peso quando comparados aos demais grupos. O grupo ZOL-IME, ZOL-TAR, apresentaram maior porcentagem de tecido ósseo total (PTO-T) em comparação a CIS-IME e CIS-TAR, ZOL/CIS-IME e ZOL/CIS TAR apresentaram maior porcentagem de tecido ósseo não vital (PTO-NV) quando comparados aos demais grupos. Os grupos CIS-IME e CIS-TAR apresentarm menor contato osso/implante (COI) quando comparados aos demais grupos. Deste modo conclui se que, a associação desses medicamentos é um potencial fator de risco para desenvolvimento da osteonecrose dos maxilares e de acordo com as análises histopatológicas e de COI apresenta comprometimento mais severo aos tecidos peri implantares.