Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cogueto, Jaqueline Vigo [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191006
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Resumo: |
Esta investigação trata da tentativa transformação de terras agrícolas em ativo financeiro por empresas que operam na principal região de expansão da fronteira agrícola brasileira – o MATOPIBA (acrônimo que refere-se aos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). A relevância dessa investigação surge da constatação dos impactos multiescalares (locais, regionais, nacionais e globais) decorrentes das empresas financeirizadas, cujas práticas estimulam o fenômeno denominado de land grabbing, um movimento acelerado de apropriação mundial e em larga escala de terras e recursos naturais por agentes financeiros e Estados Soberanos. Destaca-se que o interesse de alguns agentes em transformar a terra agrícola em ativo financeiro surge, sobretudo, após a crise financeira de 2007/2008, e decorre da busca de agentes financeiros por realizar investimentos rentáveis e seguros. Considerando que as transformações técnica e simbólica da terra são fundamentais para que estas passem a atender aos requisitos necessários para se tornar ativos financeiros passíveis de negociação e especulação no mercado financeiro, nosso objetivo foi analisar a lógica territorial de atuação das empresas financeirizadas e demonstrar o papel ativo do espaço geográfico na construção da fluidez e/ou da resistência ao capital financeiro global. Assim, nesta investigação, o MATOPIBA recebe distinta atenção por ser uma das principais regiões de interesse para o avanço das práticas do land grabbing no Brasil, devido as condições de que dispõe (como fatores edafoclimáticos, proximidade à infraestruturas básicas de circulação de mercadorias e preços de terras), consideradas pelas empresas controladas pelo capital financeiro como ideais para a realização de aquisições e posterior apreciação da terra agrícola. Trata-se, portanto, de verificar a hipótese de que há uma atualização no papel histórico que a terra cumpre como reserva de valor e fonte de acumulação futura de capital e, também, apreender que essa nova lógica de uso corporativo do território decorre da atuação de agentes do capital financeiro global. Por fim, com o intuito de compreender melhor as relações entre o capital financeiro e o território, buscamos também avaliar os conflitos e contradições (sociais, econômicos, territoriais) resultantes da atuação dos agentes financeiros na região do MATOPIBA. |