Prevalência de alopecia de padrão feminino em amostra de população brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Tsutsui, Giuliane Minami
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215175
Resumo: Fundamentos: A alopecia de padrão feminino (APF) é entidade frequente e constitui uma das principais queixas em consulta dermatológica, principalmente em mulheres entre 18 e 39 anos. Sua etiopatogênese ainda não é totalmente esclarecida. A APF também inflige grande impacto na qualidade de vida das pacientes, além dos tratamentos apresentarem resposta inconstante e lenta. Apesar da importância, ainda não há estudos que determinem a prevalência da APF em populações negras ou altamente miscigenadas, como a brasileira. Objetivo: determinar a prevalência da APF em uma amostra da população no Brasil. Métodos: Estudo de investigação clínica, tipo transversal, envolvendo 350 mulheres entre 20 e 75 anos, no município de Botucatu, seguindo a proporção por cotas (censo 2010) de acordo com idade e cor autorreferida da população brasileira. As participantes responderam um questionário, que avaliou fatores de exposição, demográficos, clínicos e psicológicos (ansiedade e depressão). Além disso, foram fotografadas dermatoscopia das regiões frontal, parietal e occipital do couro cabeludo, de cada participante. APF foi definido clinicamente, pela escala de Sinclair, e dermatoscopicamente, pelos critérios de Rakowska. Resultado: A prevalência da APF na população brasileira foi de 32,3% (IC 95%, 27,4–36,9%) ao utilizar apenas a classificação clínica e de 36,9% (IC 95% 32,3–41,7%), utilizando a dermatoscopia. A prevalência aumentou (p<0.001) com a idade e não houve diferença (p>0,50) entre mulheres brancas, pardas e pretas. APF associou-se com hipertensão arterial (OR=2,0; p=0,007), e residência em área urbana (OR=2.9; p=0,003). O exercício físico regular apresentou associação inversa (OR=0,4; p=0,006) com a APF. Conclusão: Este estudo identificou elevada prevalência da APF na população brasileira. A diferença na prevalência ao utilizar a classificação clínica e a dermatoscópica mostra a importância da tricoscopia no diagnóstico de estágios iniciais da APF. A associação com hipertensão arterial e exercício físico reforça a hipótese de sua etiopatogênese multifatorial.