Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Verdolin, Annelise de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/33236
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Resumo: |
Introdução: As alopecias cicatriciais primárias linfocíticas constituem um grupo ainda pouco compreendido, muitas vezes, com etiologia desconhecida e achados clínicos, dermatoscópicos e histopatológicos que se sobrepõem, tornando-se um desafio diagnóstico. Na tentativa de auxiliar na distinção diagnóstica são necessários mais estudos que descrevam e comparem os achados histopatológicos entre elas. Nesse sentido, recentemente, novos achados histopatológicos foram descritos como a presença de tecido adiposo em localizações anômalas e o deslocamento da glândula écrina para a derme média e superficial reforçando que ainda há muito a ser compreendido na evolução das alopecias cicatriciais. Objetivo: Pesquisar a presença de tecido adiposo em localizações anômalas e o deslocamento da glândula écrina em três alopecias cicatriciais primárias linfocíticas e correlacionar com os achados inflamatórios na tentativa de auxiliar na distinção diagnóstica entre elas. Material e métodos: Trata-se de estudo observacional e retrospectivo no qual foram identificadas as biópsias de pele de couro cabeludo com diagnóstico de Líquen plano pilar, Alopecia fibrosante frontal e Alopecia fibrosante de padrão androgenético no período entre janeiro de 2016 e janeiro 2023. Os achados histopatológicos foram revistos e estudados nas colorações pela Hematoxilina-eosina por meio de lâminas digitalizadas pelo sistema Aperio e via software Scanscope. Foram utilizados os testes de Fisher, Mann-Whitney e Kruskall-Wallis para cálculos estatísticos. Resultados: Foram selecionadas 71 mulheres com idade variando entre 36 e 80 anos (média de 61,42). Dos casos selecionados, 29 correspondem a Alopecia fibrosante com padrão de distribuição androgenético, 31 a Alopecia fibrosante frontal e 11 a Líquen plano pilar. A maioria dos pacientes com Alopecia fibrosante com padrão de distribuição androgenético (82,8%/ p 0,015) e com Alopecia fibrosante frontal (77,4%/ p 0,015) eram pardos ou negros enquanto que Líquen plano pilar tinha maioria de etnia branca (63,6%/ p 0,015). Foi observada infiltração de tecido adiposo ao nível do istmo e no músculo eretor do pêlo além do deslocamento da glândula écrina nas 3 alopecias, porém, sem relevância estatística para predizer o diagnóstico. Todos estes achados foram mais comumente encontrados na Alopecia fibrosante frontal e menos frequentes no Líquen plano pilar (80,6% vs 54,5%). Da mesma forma, foram observados mais frequentemente nos casos com maior número de tratos fibrosos, infiltrado liquenoide perifolicular profundo e fibrose concêntrica perifolicular, independentemente do diagnóstico. Conclusão: a presença de tecido adiposo em localizações anômalas (derme ao nível do istmo e infiltrando o músculo eretor do pêlo) e o deslocamento da glândula écrina foram observadas na Alopecia fibrosante frontal, Alopecia fibrosante com padrão de distribuição androgenético e Líquen plano pilar. Estes achados não foram capazes de auxiliar na distinção diagnóstica, entretanto, foram mais frequentemente encontrados nos casos de Alopecia fibrosante frontal e nos casos com maior número de tratos fibrosos, infiltrado liquenoide perifolicular profundo e fibrose concêntrica perifolicular. São necessários mais estudos para compreender melhor o papel dos adipócitos que surgem na derme e o deslocamento da glândula écrina, possivelmente contribuindo para pesquisa de novos tratamentos e novos conhecimentos acerca de progressão de doença e prognóstico. |