Avaliação gastrintestinal de cães das raças pug e buldogue francês afetados pela síndrome braquicefálica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fabris, Isabella de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/253279
Resumo: O trato gastrointestinal dos cães braquicefálicos é afetado por alterações secundárias à obstrução respiratória decorrente da síndrome obstrutiva aérea braquicefálica (SOAB). Os principais sinais clínicos incluem vômitos, regurgitação, sialorreia, disfagia, hernia hiatal, gastrite, enterite e refluxo gastroesofágico. Métodos de imagem compõe importante ferramenta diagnóstica nesses casos. A ultrassonografia contribui com informações sobre a arquitetura dos órgãos, ecotextura e ecogenicidade, estratificação das camadas e peristaltismo. A avaliação quantitativa de imagens ultrassonográficas permite avaliação fidedigna e precisa das estruturas. Objetivou-se com este estudo descrever os dados qualitativos de ecogenicidade de estômago, duodeno e jejuno de cães acometidos pela síndrome braquicefálica, correlacionando esses valores com graus da SOAB, alterações hematológicas e sinais inflamação sistêmica. Foram selecionados 52 pacientes braquicefálicos e 15 controles mesocefálicos, com idade entre 1 e 8 anos. Realizou-se hemograma, análise bioquímica e da proteína C reativa, e ultrassonografia do em modo B do trato gastrointestinal, com posterior avaliação quantitativa das imagens em todos os pacientes. Animais braquicefálicos foram classificados de acordo com a síndrome braquicefálica e estenose de narina, e seus tutores responderam a um questionário sobre os sinais clínicos digestivos e respiratórios. Na análise quantitativa, foram definidas oito regiões de interesse (ROIs) na camada mucosa do estômago, duodeno e jejuno, e as médias de pixels foram quantificadas para cada estrutura. Cães braquicefálicos apresentaram ecogenicidade em duodeno e jejuno com valores expressos em pixels (duodeno: 18,2 ± 11,3; jejuno: 25,6 ± 15,2) significativamente maiores do que cães mesocefálicos (duodeno: 11,04 ± 4,3; jejuno: 9 ± 7) na análise de variâncias, além de apresentarem diferenças dentre os grupos de cães doentes. A análise da espessura do trato gastrointestinal manteve-se dentro da normalidade e não apresentou diferença estatística, exceto na variável cólon ascendente. A avaliação ultrassonográfica quantitativa permite a obtenção de dados mais fidedignos sobre a ecogenicidade, diminuindo a subjetividade do exame.