Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Mariusso, Matheus Racy [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/138341
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Resumo: |
Sabe-se que indivíduos com necessidades especiais frequentemente apresentam níveis precários de saúde geral e bucal, e que o perfil socioeconômico e nível de escolaridade dos pais podem influenciar negativamente nestas condições. Este estudo teve como objetivo relacionar, de acordo com a percepção dos cuidadores, a qualidade de vida de indivíduos com Síndrome de Down e Paralisia Cerebral, que frequentam instituições em tempo parcial, com suas condições dentárias, de higiene bucal, e com o perfil socioeconômico e nível de escolaridade dos pais. Foi selecionada uma amostra randômica simples de 20 indivíduos com Síndrome de Down (SD) e 23 com Paralisia Cerebral (PC) de 7 a 35 anos que frequentam instituições de Ensino Especial da cidade de Araraquara – SP. Para avaliação do impacto na qualidade de vida foi aplicado um questionário aos pais/cuidadores, resultante da combinação dos questionários “Parental-Caregivers Perceptions Questionnaire” (PCP-Q) e “Family Impact Scale” (FIS). Para caracterização socioeconômica da família e nível de escolaridade dos pais foi aplicado um questionário estruturado. Os pacientes foram examinados para avaliação do Índice de Higiene Bucal (IHB) e dos índices CPOD (Dentes Cariados, Perdidos e Obturados - dentição permanente) e/ou ceod (dentes Cariados, Extraídos e Obturados -dentição decídua). Os dados foram tabulados e os resultados analisados estatisticamente, sendo utilizado nível de significância de 5%. Verificou-se para o grupo SD um CPO-D médio de 3,4 (± 2,7); ceo-d de 1,0 (± 2,5) e IHB igual a 0,9 (± 0,7). Já o grupo PC apresentou CPO-D médio de 3,7 (± 5,7); ceo-d de 0,3 (± 1,2) e IHB de 0,9 (± 0,8). Em relação a saúde bucal de filho/dependente, em ambos os grupos a maior parte a considerou “Boa” ou “Regular”. Sobre o impacto das condições bucais no bem-estar geral de seu filho/dependente, a maioria dos respondentes do grupo SD, respondeu “De jeito nenhum” ou “Muito”. Já no grupo PC, as respostas mais citadas foram “De jeito nenhum”, “Moderadamente” e “Muito”. Analisando as respostas do PCP-Q, verificou-se para o grupo SD um escore total médio de 15,5 e para PC, 14,9. Em ambos os grupos, os domínios mais afetados foram “sintomas de problemas bucais” “limitações funcionais” e “impacto familiar”. Nos indivíduos com SD os “sintomas de problemas bucais”, “limitações funcionais” e “bem-estar emocional” foram influenciados por características clínicas. Para o grupo PC, somente o “bem-estar emocional” foi afetado pelo CPO-D/ceo-d. O escore total e o “bem-estar emocional” foram afetados no gênero feminino. Os índices CPO-D e ceo-d foram influenciados pela idade, sendo o CPO-D ainda afetado negativamente pela escolaridade paterna. Baseando-se no fato de que a percepção dos cuidadores em relação à qualidade de vida de seus dependentes concentrou-se nos domínios “limitações funcionais” e “sintomas e problemas bucais”, que consideraram, em sua maioria, a saúde bucal boa, com pouca interferência no bem estar de seus dependentes, programas sociais e governamentais, assim como a equipe multidisciplinar que assiste o indivíduo com SD e PC, devem, durante a abordagem familiar, concentrar mais esforços para alertar e orientar sobre os problemas e alterações presentes na cavidade bucal, assim como suas consequências em nível sistêmico, emocional e social. |