Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Lívia Litsue Gushi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6141/tde-17072019-094656/
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Resumo: |
dentária e ao impacto das condições de saúde bucal nas atividades de vida diária, podem instruir o planejamento de serviços odontológicos voltados aos adolescentes, além de ampliar as medidas de prevenção existentes. Objetivos: No primeiro artigo , o objetivo foi verificar a associação entre prevalência e severidade da cárie dentária e variáveis demográficas, socioeconômicas, comportamental e de condições de saúde bucal. No segundo artigo, foi verificada a a associação entre a percepção da saúde bucal e variáveis sociodemográficas e parâmetros bucais em adolescentes entre 15 a 19 anos de idade no Estado de São Paulo. Métodos: Foi realizado estudo transversal com dados da \"Pesquisa Estadual de Saúde Bucal de São Paulo - SB\", realizada em 2015. No estudo da cárie dentária, foram analisados os dados de 5558 adolescentes entre 15 a 19 anos de idade, para o estudo do impacto participaram 5409 adolescentes. Como desfecho do primeiro estudo, a cárie dentária foi avaliada pela prevalência e severidade medidas pelo índice CPOD. As variáveis independentes foram: idade, sexo, cor da pele, aglomeração domiciliar, renda mensal, atraso escolar, número de bens no domicílio, presença de sangramento gengival, presença de cálculo dentário e acesso à água fluoretada. A associação entre as variáveis e cárie dentária foi verificada através do modelo de regressão binomial negativa inflado de zeros. No segundo estudo, a percepção de saúde bucal foi avaliada pelo índice de impacto das condições de saúde bucal nas atividades de vida diária (OIDP), em termos de prevalência (presença ou ausência de impacto) e severidade do impacto (escores do OIDP). Como fatores da análise, foram consideradas condições demográficas (idade, sexo, cor da pele), socioeconômicas (renda familiar, aglomeração domiciliar, número de bens no domicílio), comportamentais (atraso escolar) e de condições de saúde bucal (cárie não tratada, sangramento gengival, cálculo dentário). Para o estudo de associação entre o OIDP e as variáveis de interesse utilizou-se o modelo de regressão binomial negativa inflado de zeros, considerando a amostragem complexa e os pesos amostrais. Foram calculadas as razões de prevalências (RP), identificando as variáveis associadas à manifestação do agravo, e as razões de médias (RM), indicando os fatores associados com o número de dentes afetados por cárie ou com o número de impactos das condições de saúde bucal nas atividades de vida diária e seus respetivos intervalos de confiança (IC). Resultados: Os resultados encontrados mostraram índice CPOD = 3,76, enquanto que a prevalência da cárie dentária foi de 71,7% . Verificou-se que sexo feminino (RP=1,09 e IC95%=1,04-1,15), atraso escolar (RP=1,11 e IC95%=1,03-1,18), apresentar cálculo dentário (RP=1,10 e IC95%=1,01-1,20) e não ter acesso à água fluoretada (RP=1,21 e IC95%=1,01-1,45) foram fatores associados com maior prevalência da cárie dentária, possuir 9 ou mais bens no domicílio foi associado com menor prevalência da doença (RP=0,94 e IC95%=0,88-0,99) Verificou-se também que apresentar sangramento gengival (RM=1,15 e IC95%=1,02-1,30) e não ter acesso à água fluoretada (RM=1,81 e IC95%=1,56-2,09) foram fatores associados com maior severidade da doença, a renda entre maior que R$1500,00 foi associada com menor severidade da cárie dentária. A prevalência de impacto nas atividades de vida diária foi de 37,4%. Após o ajuste do modelo, pode-se observar que o gênero feminino permaneceu com maior prevalência (RP=1,58 e IC95%=1,35-1,86) e severidade do impacto (RM= 1,45 e IC95%=1,22 - 1,73). Nas características socioeconômicas, a renda familiar maior que R$2501,00 foi associada com menor severidade do impacto (RM=0,81 e IC95%=0,67-0,98). Nas condições de saúde bucal, verificou-se que a cárie não tratada permaneceu associada com maior prevalência do impacto (RP=1,55 e IC95%=1,31-1,84), enquanto sangramento gengival e cálculo dentário não foram associados ao impacto . Conclusão: Portanto, os fatores estudados: gênero, idade, renda familiar, número de bens, atraso escolar, sangramento gengival, cálculo dentário e acesso à água fluoretada foram associados à cárie dentária, enquanto que ser do gênero feminino e possuir cárie não tratada foram associados ao maior impacto enquanto que possuir renda familiar maior que R$ 2.500,00 foi associada ao menor impacto nas atividades de vida diária em adolescentes do Estado de São Paulo. |