Efeito do alérgeno Poly p 5 do veneno de Polybia paulista (Hymenoptera, Vespidae) na modulação do fenótipo funcional de macrófagos intraperitoneais murinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Bazon, Murilo Luiz [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204862
Resumo: A vespa social Polybia paulista (Hymenoptera, Vespidae), abundante no sudeste do Brasil, é extremamente agressiva, sendo responsável por diversas ocorrências médicas. Estudos com os componentes alergênicos deste veneno têm ganhado crescente interesse devido a resultados promissores de seu uso em diagnóstico laboratorial, bem como em protocolos clínicos de imunoterapia alérgeno específica. Dentre os componentes presentes no veneno de P. paulista, a proteína Antígeno 5 (Poly p 5) tem sido considerada um dos principais alérgenos presentes nessa espécie, que pertence à superfamília das proteínas secretoras ricas em cisteína (CAP). Apesar disso, sua função biológica como componente do veneno de Vespidae permanece desconhecida. Nesse contexto, foi analisada a possível modulação da resposta imune in vitro induzida pelo alérgeno Poly p 5, expresso na forma recombinante (rPoly p 5) em levedura Komagataella phaffi (Pichia pastoris), sobre macrófagos peritoneais extraídos de camundongos BALB/c, ativados e não ativados com estímulo pró- inflamatório (LPS). Para isto foram analisadas, nestas células, alterações de viabilidade celular, expressão da forma fosforilada de NF-κB, produção de óxido nítrico (NO) e de citocinas pró-inflamatórias, além da expressão das moléculas co- estimulatórias CD80 e CD86. Os resultados indicam que rPoly p 5, na concentração de 1 μg/mL, não afeta a produção de NO e não modula a expressão de moléculas co- estimulatórias CD80 e CD86 em macrófagos peritoneais de camundongos, ativados ou não com LPS. Entretanto, o rPoly p 5 induziu um aumento de IL-1 β (p=0,0463) em macrófagos não estimulados com LPS e uma redução na produção das citocinas TNF- α (p= 0,0297) e MCP-1 (p=0,040), quando estimulada com LPS. O alérgeno rPoly p 5 também diminuiu significativamente a produção in vitro do da forma fosforilada p65 de NF-κB (p=0,0463) em macrófagos, quando comparado ao grupo controle (sem LPS). A avaliação do potencial pró ou anti-inflamatório do alérgeno rPoly p 5, por meio da análise das respostas dos macrófagos intraperitoneais de camundongos, ainda não levou a uma compreensão clara do potencial imunomodulador desta proteína. Todavia, alguns achados podem indicar um papel importante deste alérgeno na polarização de fenótipos funcionais de macrófagos M2.