Efeitos do alérgeno rPoly p 5 do veneno de P. paulista (Hymenoptera, Vespidae) sobre a resposta inflamatória em macrófagos diferenciados de células da medula óssea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Assugeni, Isabela Oliveira Sandrini [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214224
Resumo: Polybia paulista (Hymenoptera, Vespidae) é uma vespa social abundante no sul e sudeste brasileiro, bem como em outros países como Argentina e Paraguai. Esta espécie faz parte das muitas espécies de insetos da ordem Hymenoptera de importância médica. Há um elevado risco de acidentes com ferroadas, sendo que, dependo da quantidade de veneno e do grau de sensibilização do indivíduo, estes acidentes podem acarretar reações alérgicas sistêmicas com chance de evoluírem para o choque anafilático. Estudos com os alérgenos componentes deste veneno têm ganhado crescente interesse devido a resultados promissores de seu uso em diagnóstico laboratorial, bem como em protocolos clínicos de imunoterapia alérgeno específica. Dentre os componentes presentes no veneno de P. paulista, a proteína antígeno 5 (Poly p 5) tem sido considerada um dos principais alérgenos presentes nessa espécie. Todavia, são necessários estudos para esclarecer o papel biológico e funcional deste antígeno no contexto das reações de hipersensibilidade ao veneno. Assim, neste trabalho avaliamos o potencial efeito imunomodulador do alérgeno Antígeno 5 de P. paulista, expresso na forma recombinante (rPoly p 5) em levedura Komagataella phaffi, sobre macrófagos diferenciados de células precursoras, presentes na medula óssea de camundongos (BM-M), ativados e não ativados com estímulos pró-inflamatórios. Para isto foram analisadas, nestas células, alterações de viabilidade celular, capacidade fagocítica, produção de óxido nítrico (NO) e de citocinas pró-inflamatórias, além da expressão das moléculas coestimuladoras CD80 e CD86. Os resultados obtidos, indicam que rPoly p 5 não afeta significativamente a produção de NO em BM-M ativados ou não com estímulos pró-inflamatórios. Todavia, provocou redução na frequência de células expressando as moléculas coestimuladoras CD86 e CD80 em BM-M ativados e não ativados com estímulos próinflamatórios, respectivamente. Adicionalmente, rPoly p 5 induziu ao aumento de IL- 23 e IL-27 em BM-M não ativados e de GM-CSF em BM-M ativados, além de redução de MCP-1 em BM-M ativados. Estes achados podem indicar um papel importante deste alérgeno na polarização de fenótipos funcionais de macrófagos em diferentes estímulos, ativados e não ativados. Neste sentido, a partir das análises das respostas de BM-M quanto ao potencial pró ou anti-inflamatório do rPoly p 5, conclui-se que os resultados aqui obtidos poderão auxiliar na compreensão do potencial imunomodulador dessa proteína na imunidade inata.