O romantismo revisitado: Machado de Assis, primeiros romances

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rodrigues, Áriston Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154204
Resumo: Este trabalho analisa os quatro primeiros romances do escritor brasileiro Machado de Assis (1839-1908) – Ressurreição (1872), A mão e a luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878) – com a intenção de compreender a relação destes livros com o movimento romântico brasileiro. Apesar de terem sido escritos na época em que o romantismo no Brasil chegava ao seu fim, esses livros foram classificados pela crítica do início do século XX como obras românticas dada a recorrência de elementos narrativos aparentados a este movimento que, no Brasil, teve início em 1836. No entanto, ainda que se possa observar a presença de tais elementos nas obras de juventude de Machado de Assis, eles não obedecem ao proceder técnico desse movimento literário. Então, cumpre-se discutir em que medida e de que maneira esses elementos estão presentes nos romances iniciais do escritor. Para tanto, a discussão sobre o processo de criação do movimento romântico brasileiro, diretamente associado à afirmação da identidade nacional e do Império brasileiro (1822-1889), consiste em uma questão relevante a fim de se compreender a importância da cor local, e mais especificamente da paisagem brasileira, no cerne estético do romantismo nacional. A partir do delineamento desse elemento estrutural do romantismo no Brasil, a análise dos primeiros romances de Machado de Assis permite constatar de fato o seu intuito de revisitar de forma crítica a tradição romântica no intento de desenvolver uma literatura original, criativa, independente e universal.