Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Dias, Marina Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/256510
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O melasma é uma hipermelanose crônica, adquirida e localizada, que ocorre nas áreas fotoexpostas, afetando, principalmente, mulheres durante a menacme e representou o terceiro diagnóstico mais frequente em mulheres no Brasil. Vários fatores já foram relacionados ao desenvolvimento do melasma, mas nenhum é individualmente responsável. O diagnóstico é predominantemente clínico. O exame por meio da lâmpada de Wood pode ser útil na identificação do pigmento, especialmente nos indivíduos entre fototipos I e III, podendo identificar, inclusive, máculas subclínicas. Apesar da importância e frequência do melasma, ainda não há estudos que determinem a sua prevalência ao exame dermatológico ou prevalência subclínica. OBJETIVO: Determinar a prevalência e fatores associados ao melasma em mulheres adultas brasileiras. METODOLOGIA: Estudo transversal com 303 mulheres entre 18-60 anos, conforme proporção por cotas (Censo 2022), de acordo com idade e cor autorreferida. A amostragem ocorreu em um município no interior do Estado de São Paulo. As participantes responderam um questionário que avaliou fatores demográficos, de exposição, hormonais, antecedentes familiares e transtornos de humor. Foram aplicadas as escalas de ansiedade e depressão (HADS) e o Índice da Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI). Além disso, foi realizado exame dermatológico, com posterior aplicação da escala mMASI e exame com a luz de Wood para identificação de manchas subclínicas. As prevalências de melasma e melasma subclínico somente à lâmpada de Wood foram comparadas quanto à faixa etária, fototipo, exposições, comorbidades, escores de transtornos de humor e de qualidade do sono (IC 95%). As associações entre as variáveis demográficas foram estimadas pela razão de prevalências, a partir de modelo linear de Poisson (p-valor <0,05). RESULTADOS: A prevalência de melasma facial foi de 36,3% (IC95%, 31,4‒41,3%) no exame clínico; no entanto, 1,7% (IC95%, 0,3‒3,3%) da amostra apresentou melasma detectado apenas na inspeção com lâmpada de Wood, o que ocorreu apenas nos fototipos I e II. A maioria das mulheres com melasma apresenta uma forma leve da doença, como indicado pelo mMASI <4, ocorrendo em 72,7% da amostra. A gravidez foi identificada como o fator desencadeante mais comum, e 49,1% relataram ter um parente de primeiro grau com melasma. Fototipos IV e V (RP = 2,0), cor da pele “parda” (RP = 1,7), e multiparidade (RP = 2,8) foram associados ao desenvolvimento do melasma. O melasma foi menos frequente após a menopausa (RP = 0.5; p<0,05). Quanto aos transtornos de ansiedade, 49% das mulheres com melasma apresentaram ansiedade versus 42% das mulheres sem melasma e escores elevados de depressão foram identificados em 23% das pacientes com melasma, versus 20% das mulheres sem melasma, ambos sem diferença estatística. CONCLUSÃO: A prevalência de melasma facial nas mulheres adultas foi de 36,3%, enquanto 1,7% apresentaram doença subclínica, tendo sido mais frequente em fototipos escuros, com cor autorreferida “parda” e entre multíparas, e sendo menos frequente após a menopausa. |