Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Baltieri, Ricardo Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193137
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Resumo: |
O processo de aprendizagem de conceitos científicos tem sido investigado e discutido em diversas pesquisas nacionais e internacionais nas últimas décadas. Todavia, a compreensão sobre esse processo pode ser bastante diferente dependendo da abordagem psicopedagógica adotada. Na perspectiva do perfil conceitual, pode haver diferentes formas de pensar e modos de falar sobre um mesmo conceito, sendo assim, esses modos e formas podem ser organizados em diferentes zonas. Além de compromissos epistemológicos, o modelo também considera os compromissos ontológicos e axiológicos. O perfil conceitual é uma alternativa no ensino de ciências que permite considerar as concepções prévias, identificar diferentes visões de mundo e contribuir para o enriquecimento do vocabulário científico do aluno. Esse modelo reconhece o valor cultural do senso comum, possibilitando ao aluno ter contato com formas mais fundamentadas e complexas de pensamento, capazes de estabelecer mais relações e responder a mais perguntas. Nesse contexto, diversas pesquisas têm sido conduzidas para diversos conceitos científicos a fim de propor seus respectivos perfis conceituais, uma vez que o reconhecimento de determinado perfil possibilita que o aluno compreenda o valor de cada visão segundo o seu contexto e sua base filosófica, assim como perceber que utilizar termos científicos pode ser útil para responder perguntas cada vez mais complexas. Assim, a presente dissertação objetiva propor um perfil conceitual para o conceito de ligação covalente que contemple compromissos epistemológicos e ontológicos. Para isso, foi feita uma revisão narrativa do desenvolvimento histórico do conceito, uma revisão sistemática sobre as concepções alternativas de ligação química reportadas na literatura e a aplicação de um questionário para uma turma de ensino superior em química. As fontes de dados foram escolhidas de forma a analisar o conceito a partir de diferentes domínios genéticos, sendo eles, o sociocultural, o ontogenético e o microgenético. Os dados da revisão narrativa foram divididos em temas epistemológicos e serviram de base para categorizar as concepções encontradas a partir da revisão sistemática e do questionário. Esses resultados foram compilados na forma de uma matriz semântica, apresentando dezenove significados, e transformados em quatro zonas de um perfil conceitual: conectividade indiscriminada, atratividade estabilizadora, remanescência localizada e deslocalização sistemática. A proposta contribui para discutir as abordagens do conteúdo, especificamente, no ensino de química, de modo a considerar sua polissemia e evolução na aprendizagem do aluno, permite também o futuro planejamento de unidades didáticas e análises textuais. |