Efeitos das diferentes soluções de congelação sobre a criopreservação de células-tronco mesenquimais caninas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Bruna Aparecida dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236265
Resumo: Para utilizar as células-tronco mesenquimais caninas (CTMs) em terapias é imprescindível que sejam formados criobancos de armazenamento celular, sendo assim, a metodologia da criopreservação de CTMs necessita de estudos, uma vez que o efeito da congelação e dos agentes crioprotetores sobre as células obtidas de tecido adiposo canino ainda é pouco conhecido. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de diferentes tipos de soluções na criopreservação das CTMs, sobre a estrutura, viabilidade, proliferação celular, ultraestrutura e expressão gênica, bem como no seu desenvolvimento pós-descongelação. Para isto, foram isoladas células-tronco de 12 cadelas. As amostras foram divididas em 5 tratamentos: não criopreservado (controle) = NCRIO; 90% SFB (Soro fetal Bovino) com 10% DMSO = SFB; Meio de cultivo DMEM/F12 alta glicose acrescido com 20% SFB e 10% DMSO = DMEM/F12; DMEM/F12 alta glicose, acrescido com 5%PVA, 5% de ITS, 5% de BSA e 10% DMSO = PVA/ITS/BSA e BambankerTM = BAM. Sendo que em todos foram utilizados o Dimetilsufóxido (DMSO) como agente crioprotetor principal. As células foram avaliadas antes da criopreservação, pós-descongelação imediata e após o recultivo. Foi realizada uma análise de custo das diferentes soluções. A viabilidade e apoptose celular foram avaliadas pelo teste de exclusão com o corante Trypan blue e anexina V; a proliferação celular, pela curva de crescimento; a ultraestrutura em microscópio eletrônico de transmissão, a expressão gênica por RT-qPCR e a análise de custo através de pesquisa de mercado. Todos os dados foram submetidos a análise estatística pelo software SAS versão 9.4. Os resultados mostraram que as CTMs criopreservadas com o meio comercial foi superior aos demais quanto ao número de células e a proliferação celular, mas foi similar aos grupos NCRIO e PVA/ITS/BSA quanto a viabilidade celular. Embora não tenham sido observadas alterações morfológicas significativas entre os tratamentos de criopreservação, a ultraestrutura celular variou de acordo com os componentes do meio, no qual a morfologia mais próxima da encontrada nas células frescas foi observada nos grupos PVA/ITS/BSA e BAM. A expressão gênica demonstrou que as células apresentaram diferenças quanto aos tratamentos para os transcritos CD44, TGFB1, CXCL12 e IDO. Neste estudo foi observado que embora o tratamento com a marca comercial tenha sido superior aos demais crioprotetores, as outras combinações de substâncias crioprotetoras testadas foram eficientes na criopreservação das CTMs caninas, sendo alternativas que podem ser utilizadas. Todos os tratamentos possibilitaram a retomada das funções celulares normais após a descongelação e recultivo. E as soluções autoformuladas são economicamente mais viáveis que a marca comercial. Esses resultados são importantes para o estabelecimento de protocolos de criopreservação de CTMs nessa espécie, pois aumentam as possibilidades de escolha da solução crioprotetora e também permite o uso de soluções com custos mais acessíveis e sem componentes contaminantes como o SFB.