“Ethos da mobilidade” do serviço social brasileiro e o pensamento Gramsciano: quais aproximações?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Machado, Leonildo Aparecido Reis [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148772
Resumo: O objeto de estudo da presente Tese perpassou a análise do “Ethos da Mobilidade” do Serviço Social brasileiro (“EMSS”) e suas aproximações com o pensamento de Antonio Gramsci. A tipologia da pesquisa utilizada se moveu pelo âmbito bibliográfico e documental. O método dialético alicerçado no pensamento marxiano proporcionou investigar as determinações contidas no objeto e, consequentemente, a exposição de suas apreensões. A metodologia partiu, portanto, da realidade concreta ainda desconhecida e chegou, após aproximações investigativas, ao real concreto produzido. Os objetivos foram apresentados nos próprios capítulos do trabalho perfazendo o aspecto social e histórico do “EMSS”, a materialidade do referido “ethos” e suas relações com o pensamento gramsciano e, por fim, o mesmo “modo de ser” profissional e as aproximações com a categoria democracia, em Gramsci. No primeiro momento, expôs-se acerca das concepções de moral, de ética, de valor e de liberdade do “EMSS”. Posteriormente, apresentou-se o surgimento deste “ethos” na categoria profissional, por meio do Método BH e de seu desenvolvimento ético-político presente no III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (Congresso da Virada), perfazendo o início da constituição sócio histórica do presente “ethos” na profissão. A investigação adentrou na materialidade do Projeto Ético-Político Profissional, por meio do “EMSS”, uma nova perspectiva profissional, respaldada na vertente de intenção de ruptura, segundo Paulo Netto em “Ditadura e Serviço Social: Uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64”. A seguir, apresentaram-se as aproximações entre as categorias constitutivas do referido projeto, a saber: dimensão teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativo e suas aproximações com as categorias gramscianas de filosofia da práxis, ciência política e intelectuais. A exposição perfez, ainda, a apresentação da categoria de hegemonia, em Gramsci, e sua relação com as entidades representativas da profissão: Conselho Federal de Serviço Social, Conselho Regional de Serviço Social, Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social e Executiva Nacional de Serviço Social. Por fim, a investigação expôs a concepção de democracia em Gramsci e suas aproximações com o “EMSS”, onde se percebeu que o processo democrático exige uma consciência de classe e a resistência necessária para sua materialidade, seja no âmbito macro ou micro dos espaços políticos.