Os renovadores “gramscianos”: o diálogo com Antonio Gramsci para a compreensão da realidade brasileira, a batalha das ideias no partido e a formação da revista Presença

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Castro, Michele Corrêa de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PCB
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/41794
Resumo: A incorporação de Gramsci no Brasil compreendeu três períodos. Primeiro, um período dos anos 1920 a meados dos anos 1960 (SECCO, 2002), o segundo aborda timidamente e com muitos obstáculos à esquerda do Partido Comunista Brasileiro (PCB), a tradução feita pelo grupo capitaneado por Carlos Nelson Coutinho dos Cadernos do Cárcere, organizados por Togliatti (SIMIONATTO, 2004), sobretudo nos anos 1960, e, por fim, um terceiro momento em meados dos anos 1970, no contexto de abertura política e de maior efervescência acadêmica, quando Gramsci passa a ser referência em diversas áreas do conhecimento. Priorizamos, em certa medida, o terceiro período como recorte temporal, não nos detendo na recepção, mas nos usos e no diálogo de três autores brasileiros com o marxista sardo, na batalha das ideias no interior do partido e na formação da revista Presença. Os autores analisados se aglutinaram na chamada corrente renovadora democrática do PCB, na vertente que caracterizamos como renovadores “gramscianos” Carlos Nelson Coutinho, Luiz Werneck Vianna e Marco Aurélio Nogueira, também classificados como eurocomunistas. Assim, priorizamos as aproximações desses autores, quanto à análise da realidade brasileira, principalmente, a partir dos anos 1970, durante o chamado processo de transição democrática, em suas principais obras, nas produções no interior do jornal Voz da Unidade e em seus escritos na revista Presença (1983-1992).