Crônicas de viagem: o olhar poético de Cecília Meireles

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Pires, Márcia Eliza [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/91559
Resumo: Cecília Meireles (1901-1964) oficializou sua carreira literária com a publicação de Espectros – livro datado de 1919, com grande influência parnasiana e simbolista. Seguiram as obras Nunca mais...e Poema dos poemas, de 1923, Baladas para El-Rei, de 1925. Mas é em 1939, com a premiação de Viagem, que a poetisa ganha maior espaço no âmbito literário. Ligou-se a intelectuais como Andrade Muricy, Tássio da Silveira, Murilo Araújo – corrente dissidente do movimento modernista que propunha uma renovação literária que não rompesse com os valores universais dos períodos anteriores. Colaborou com a revista Festa, espaço que idealizava um modernismo continuador, fundado pelos mesmos intelectuais. A obra de Cecília Meireles é pertencente ao modernismo, porém é notória a influência herdada do Romantismo e do Simbolismo. Ressonâncias de Cruz e Souza, Alphonsus de Guimarães e da poesia européia como Ungaretti, Verlaine podem ser observadas. Inspira-se muito na obra do poeta e filósofo indiano Rabindranath Tagore. Além de poetisa e cronista, suas áreas de atuação foram diversas: professora, jornalista, ensaísta, tradutora, folclorista. Sempre esteve engajada em projetos destinados ao amelhoramento educacional. Escolhemos como objeto de nosso estudo Crônicas de viagem, obra produzida nas décadas de quarenta e cinqüenta. Em nossa pesquisa procuramos demonstrar que, embora seja uma produção em prosa, sua narrativa é construída por meio de elementos próprios à poesia. A forte presença da metáfora, o desenvolvimento de uma linguagem imagética e musical, a ocorrência da ambigüidade e da polissemia, a subjetividade, a instauração de um tempo circular são fatores constantes. Le récit poétique, de Jean-Yves Tadié foi obra que nos auxiliou em apreender os aspectos que conferem o poético à obra. Nosso estudo procurou demonstrar que a riqueza da prosa...