Tecnologias socioterritoriais para a soberania e segurança alimentar e nutricional: uma análise do Maciço de Baturité-Ceará
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/251106 https://lattes.cnpq.br/6545570893025225 |
Resumo: | A presente pesquisa permeia o universo que compreende as tecnologias socioterritoriais, a promoção da soberania e segurança alimentar da população do campo e a forma como ela se organiza nos territórios para, por meio da agricultura e comercialização em circuitos locais, para garantir renda e reprodução dos modos de vida, até então, parcialmente preservados. O trabalho tem como recorte o Maciço do Baturité, no estado do Ceará, Nordeste do Brasil. A escolha pelo referido território, deve-se as questões territoriais existentes nesses espaços: territórios marcados por uma construção que até hoje influi sobre o estado de desenvolvimento da população, a forma como ela se organiza, como também, transformações que o espaço está vivenciando, a luta existente por melhores condições de vida em meio a uma conjuntura, que culturalmente, não prove as ferramentas para que a população se sobressaia da condição de pobreza que assola uma considerável parcela da população. Objetivou-se identificar as tecnologias socioterritoriais existentes com potencial para o desenvolvimento do território a partir da agricultura familiar, caracterizar os territórios a partir do cenário agrário existente e testar uma extratora de suco por arraste a vapor e sua possível utilização na agricultura local. Metodologicamente, optou-se pelo qualitativo com inspiração na etnografia. Para o desenvolvimento da pesquisa, tivemos como sujeitos os agricultores familiares. A análise consistiu na criação de categorias, que permitem identificar que tipos de tecnologia se têm, e quais são demandadas. Os resultados aqui expressos foram obtidos por meio de etapas: primeiro foram feitas visitas exploratórias identificando tecnologias voltadas aos trabalhos necessários ao manejo da agricultura, tanto de uso comunitário como de familiar. Adiante foi selecionado um recorte da região, em que houve maior ênfase na leitura do cenário local. É perceptível em todo o território, um enorme potencial, e a necessidade, do desenvolvimento de tecnologias voltadas à produção de base familiar. Existem na região, seguimentos da agricultura que não são explorados por falta de meios para tal, muitos deles poderiam ser solucionados com baixo investimento, por meio do desenvolvimento de tecnologias, formações e incentivo para um maior aproveitamento do potencial regional. O Maciço é um campo fecundo para pensar, usar e avaliar a funcionalidade das tecnologias sociais, visto ser um território em processo de desenvolvimento, em que as tecnologias sociais influiriam diretamente sobre os rumos desse desenvolvimento, possibilitando que ocorra de forma participativa. |