Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Tayomara Ferreira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/137919
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Resumo: |
A icterícia neonatal acomete de 60 a 80% dos neonatos, o tratamento empregado nestes casos é a fototerapia. Apesar de eficaz, leva as mães a vivenciar sobrecargas física e psicológica durante a hospitalização. Objetivos. Compreender a experiência de puérperas com seu RN em tratamento fototerápico e elaborar um modelo teórico representativo dessa experiência. Método. Pesquisa qualitativa conduzida em um Hospital Público do Estado de São Paulo, Brasil. As entrevistas foram conduzidas e audiogravadas em locais que assegurassem o anonimato e o sigilo das informações das atrizes. A saturação teórica se configurou mediante a análise da 15a entrevista, segundo os passos da Teoria Fundamentada nos Dados. Resultados. As categorias identificadas e as relações teóricas das ações e das interações que compõem a experiência da puérpera com o cuidado de RN em fototerapia desdobram-se em quatro subprocessos: decepcionando-se com a má notícia; sentindo-se responsabilizada, reclusa e com apoio insuficiente para o cuidado; resignando-se ao papel protetor de mãe de bebê em sofrimento e em risco; buscando estratégias para lidar com a situação. Mediante o realinhamento dos componentes que formaram esses subprocessos, pode-se descobrir uma categoria designada central que os abarcassem, constituindo então o processo da experiência (modelo teórico), denominado: do sofrimento à resignação para enfrentar a experiência do recém-nascido em fototerapia. À luz do Interacionismo Simbólico identificou-se o papel protetor materno como componente interveniente simbólico arremetendo-a à busca de maneiras de lidar com a experiência desafiante. Da mesma forma, a equipe de enfermagem do alojamento conjunto o utilizou para atribuir responsabilidades à mãe, não só sobre os cuidados de higiene e alimentação, mas principalmente, em ações protetoras para a manutenção da integridade da visão do bebê, durante o tratamento. A mãe define a situação de responsabilização a um papel exercido solitariamente e em reclusão, para garantir a segurança da integridade do bebê. Ela entende que, no caso de intercorrências com o bebê, principalmente com a preservação das córneas, os julgamentos recairão sobre si mesma. Considerações finais. O modelo teórico abstraído da experiência permitiu aprofundar a compreensão dos subprocessos vivenciados por mães com seus bebês em fototerapia, assim como sinalizar necessidades de reavaliações e implementação de programas, em atendimento às necessidades humanas básicas dessas puérperas, por viverem experiência de grande sobrecarga. |