Transplante de Medula Óssea: a efetivação do direito pelo SUS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Corrêa, Máira Pereira de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183422
Resumo: O Transplante de Medula Óssea (TMO) é um tratamento especializado, realizado em centros de alta complexidade, como uma alternativa no controle de algumas doenças oncohematológicas. Esse procedimento proporciona um controle da doença, porém o risco de morte e complicações são constantes durante a realização do transplante. A vivência dos usuários nesse processo provoca diversos impactos na qualidade de vida, o que evidencia a relevância do estudo, uma vez que pode ampliar a compreensão desta realidade vivenciada pelos/as usuários/as. A pesquisa tem como objetivo geral: Compreender o Transplante de Medula Óssea (TMO) como um direito no SUS, sendo o acesso à saúde garantido a todo cidadão e de quem dela necessitar, o que inclui procedimentos de alta complexidade como o TMO. E, como os específicos: Analisar a política de saúde no contexto do neoliberalismo; Desvendar o acesso e o tratamento ao TMO no Brasil e; Refletir a atuação profissional do Serviço Social com os usuários no TMO. Trata-se de pesquisa bibliográfica e documental, com abordagem qualitativa, respaldada pelo método do materialismo histórico dialético, para o desenvolvimento referencial teórico crítico, a historicidade da política de saúde e do Transplante de Medula Óssea, como um direito no Sistema Único de Saúde. O estudo desvenda as fases do TMO e as implicações deste procedimento na vida dos usuários submetidos ao tratamento, como o longo período de internação e de permanência, rotina ambulatorial, restrições, mudanças, condições de fragilidade e limitações, além de sequelas e cuidados permanentes. Os resultados mostram que apesar do TMO ser estabelecido como um direito no SUS para a população brasileira, tem implicações mais significativas para a classe trabalhadora, em especial, as pessoas que residem nas regiões Norte e Nordeste do país e enfrentam dificuldades de acesso ao tratamento que se materializam com maiores dificuldades pela condição socioeconômica e a inexistência de centros de TMO nessas regiões, as quais são desprotegidas também em diversas outras áreas. Mostram, ainda, que mediante toda a complexidade que envolve o TMO, contrastando com o desmonte do SUS, o Serviço Social se coloca nesse processo como uma profissão imprescindível para a garantia de acesso ao tratamento, mediando via Estado a defesa desse direito à saúde. Sobretudo, configura-se como um profissional de referência para o usuário e familiares nesse processo permeado por incertezas e sofrimentos, possibilidades e conquistas.