Transplante de Medula Óssea e lógica invertida do SUS: desafios para a prática profissional
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18988 |
Resumo: | O presente estudo foi realizado a partir da experiência vivenciada na residência multiprofissional em oncologia no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). A inserção como Assistente Social, em uma das unidades, no centro de Transplante de Medula Óssea (TMO), possibilitou a reflexão e o estudo acerca da atuação do assistente social diante da complexidade da realidade dos usuários transplantados de medula óssea. Temos como objetivo analisar a inversão da lógica do SUS na materialização do TMO, abordando o papel desempenhado pelo assistente social que opta pelo projeto ético-político profissional, diante das contradições, limites e possibilidades postos à prática na saúde, numa unidade de transplante. Para tanto, abordamos a necessidade da realização de transplante de medula óssea para a recuperação da saúde do usuário, as condições socioeconômicas reais para manutenção da vida com qualidade do usuário transplantado e os limites e possiblidades da atuação frente a realidade das políticas públicas na atualidade e as tendências na área da saúde. O caminho construído para atingir estes objetivos passa pela identificação da rotina e dos impactos sofridos pelos usuários, após o transplante de medula óssea, da sobrevida e da mortalidade pós-transplante, do custo do TMO e da análise das políticas sociais na conjuntura atual e das tendências assumidas, principalmente, na área da saúde. A pesquisa é qualitativa e foi realizada, através de entrevistas semiestruturadas, pesquisa bibliográfica e documental. A interpretação dos dados foi realizada a partir da abordagem metodológica Hermenêutica-dialética. A análise foi sustentada pelo método da teoria social e pelo materialismo histórico dialético. No trabalho de campo, foi utilizada a coleta de dados, com análise documental, através de prontuários de usuários que foram participantes da pesquisa, também como entrevistados. Desta forma, buscou-se classificar os maiores impactos e mudanças do modo de vida sofridos pelos usuários, na tentativa de identificar o quanto o adoecimento e, principalmente, o tratamento de TMO impacta em novas necessidades e debilidades à vida dos trabalhadores usuários do SUS. Nosso estudo revela que, com a prioridade, quase que exclusiva, de realizar o TMO, sem a garantia das condições socioeconômicas para que o usuário suporte o transplante e sobreviva e/ou não necessite de novo transplante, se dá a inversão da lógica do SUS, ou seja, inversão do que está assegurado na legislação, com relação ao princípio da integralidade da saúde, expressamente anunciado no art. 198, inciso II (CF, 1988): atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais. |