Efeito de doses letais e subletais de herbicidas sobre a mortalidade e alterações comportamentais de Apis mellifera L.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lunardi, Juliana Sartori [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153786
Resumo: As abelhas têm grande importância na polinização; no entanto, o desaparecimento e morte de colônias de Apis mellifera Linnaeus, 1758 (Hymenoptera: Apidae) têm aumentado em várias regiões do mundo, prejudicando a sobrevivência da espécie e a estrutura dos ecossistemas. O uso de agrotóxicos em cultivos agrícolas vem sendo apontado como um dos fatores responsáveis pela intensificação do desaparecimento das abelhas. No presente estudo, avaliou-se a toxicidade, as alterações comportamentais e motoras de abelhas campeiras de A. mellifera expostas aos herbicidas 2,4-D e glifosato, isolados ou associados, por testes de ingestão e contato. Para determinação da dose letal (DL50) foi analisada a mortalidade de abelhas expostas a diferentes doses dos herbicidas por contato e ingestão por 24 horas. A atividade motora das abelhas expostas aos herbicidas glifosato, 2,4-D e associação de ambos foi avaliada 4 e 24 horas após sua exposição utilizando caixa de observação comportamental. As DL50 encontradas dos herbicidas glifosato e 2,4-D foram respectivamente: 273,93 e 127,70 µg/abelha para ingestão e 255,73 e 97,09 µg/abelha para contato. As doses subletais dos herbicidas glifosato e 2,4-D foram, respectivamente: 5,47 e 2,55 µg/abelha para ingestão e 5,11 e 1,94 µg/abelha para contato. A dose letal de 4 horas e subletal de 24 horas foram altamente tóxicas para as abelhas causando alterações locomotoras, as quais em campo podem influenciar o forrageamento das campeiras. Dos testes de doses subletais em 4h, foram significativos os de ingestão do 2,4-D e a associação dos herbicidas a qual demonstrou efeito aditivo. A associação dos herbicidas merece atenção, pois em campo essa combinação será tóxica as abelhas. Com este estudo, espera-se contribuir para a compreensão do efeito de herbicidas, assim como auxiliar no estabelecimento de medidas que reduzam a exposição de polinizadores a agrotóxicos prejudiciais.