O desenvolvimento da imaginação e a atividade da criança em idade pré-escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Mariana Cristina da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181541
Resumo: O presente trabalho de natureza teórico-bibliográfica toma por objeto as relações existentes entre o desenvolvimento da imaginação e a brincadeira de papéis sociais, atividade-guia da idade pré-escolar, tendo como referência os pressupostos da psicologia histórico-cultural, a partir principalmente de Vigotski (2008; 2009), Vygotski (2012a, 2012b, 2014), Elkonin (2009), Leontiev (2017a, 2017b), Ignatiev (1960), Petrovski (1985), Rubinstein (1978) e Repina (1974). Partimos de uma generalizada aceitação de que a brincadeira seja na infância a expressão da rica imaginação da criança. Contrapomo-nos a esta concepção buscando analisar a natureza cultural e social tanto da imaginação, como uma função psíquica superior, quanto da brincadeira de papéis sociais. Neste sentido, a exposição organiza-se em três momentos. No primeiro deles analisamos a imaginação como transformação das imagens psíquicas buscando evidenciar a sua gênese a partir da atividade de trabalho, além de evidenciarmos as relações existentes entre esta função psíquica e a realidade como forma de contraposição a concepções que a compreendem como possibilidade de fuga do real. Na sequência, analisamos as formas pelas quais as transformações nas imagens ocorrem com objetivo de formação das imagens imaginativas destacando também quais as relações entre a imaginação e outras funções dada a interfuncionalidade do psiquismo humano. Nesta perspectiva, no segundo momento, a partir da periodização do desenvolvimento psíquico buscamos analisar a as raízes da imaginação e da brincadeira de papéis no interior dos períodos denominados primeiro ano de vida e primeira infância evidenciando que nestes há a criação de possibilidades que fazem emergir, na idade pré-escolar, a brincadeira de papéis sociais e que esta atividade é condição necessária para o surgimento e desenvolvimento da imaginação no referido período. Especificamente em relação à brincadeira de papéis, analisamos sua estrutura e conteúdos, as ações das crianças, o uso dos substitutos lúdicos e o desenvolvimento da conduta arbitrada. Neste sentido, no terceiro momento consideramos as implicações pedagógicas das proposições apresentadas anteriormente. Defendemos que a brincadeira de papéis por não ser uma atividade natural e espontânea deve ser ensinada e enriquecida. Assim, compreendemos que na escola de Educação Infantil o trabalho pedagógico dos professores pode influenciar no desenvolvimento tanto desta atividade quanto da imaginação infantil seja por interferência direta na brincadeira seja pelo cumprimento da função educativa da educação, a saber, a transmissão e socialização dos conhecimentos mais desenvolvidos produzidos histórica e coletivamente pela humanidade e adequados à criança pré-escolar, destinatária do ensino, tal como preconizado pela pedagogia histórico-crítica.