Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Arauz, Valéria Angélica Ribeiro [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/102374
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Resumo: |
Este trabalho tem como objetivo empreender uma análise sobre a construção dos mundos ficcionais da trilogia I nostri antenati, composta pelos romances Il visconte dimezzato (1952), Il barone rampante (1957) e Il cavaliere inesistente (1959) de Italo Calvino, considerando esses romances como um marco para as escolhas estéticas que acompanhariam esse autor por toda a sua produção ao longo do século XX. Essa leitura está apoiada em três pontos, ou seja, a atuação discursiva de cada um dos narradores; o diálogo estabelecido entre os romances e outros textos literários; e o lugar dessas três narrativas no contexto da produção de Calvino. As três personagens singulares que povoam esses mundos são: um visconde simetricamente dividido, o qual passa a viver entre opostos inclusive no seu trato com a linguagem; um jovem barão, que de cima das copas das árvores acompanha e participa dos destinos da humanidade e até mesmo das mudanças no campo da literatura no final do século XVIII; e um cavaleiro que, apesar de ser o melhor dentre os paladinos do exército francês não é nada além de uma armadura vazia, sustentada por um conjunto de regras e instituições presentes no imaginário das novelas de cavalaria. Assim, as narrativas se propõem a tratar dos antepassados do homem contemporâneo, questionando as posturas positivistas e racionalistas do período conhecido como modernidade, além de serem textos cujos narradores se percebem como elementos de mundos ficcionais singulares e refletem sobre o ato de narrar. Considera-se ainda fundamental o papel do leitor como co-construtor de sentido, responsável enquanto instância discursiva pela existência de uma série infinita de interpretações iniciada pela leitura. Finalmente, entende-se que esses três romances pertencem ao início de uma mudança na escritura de Calvino, que passa a oferecer uma discussão sobre o lugar do homem... |