Vozes de criança: o discurso de auto-afirmação na literatura infantil de Ana Maria Machado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Yazlle, Senise Camargo Lima [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103638
Resumo: Com o objetivo geral de contribuir para a história, teoria e crítica da literatura infantil brasileira, proponho-me, nesta tese, a realizar um estudo da representação da criança enquanto personagem da literatura infantil de Ana Maria Machado. De um ponto de vista teórico, adota-se a concepção lingüística dialógica de Bakhtin, afinada com a proposta estética da literatura infantil, “como aquela que também pode ser lida pela criança”. Do ponto de vista da infância, adota-se a visão sociológica de caráter marxista de Walter Benjamin, bem como de seus discípulos no Brasil, que concebem a criança como um ser histórico, cultural e social, capaz de quebrar com o “adultocentrismo”, na medida em que cria e transforma seu próprio discurso. De acordo com essas concepções teóricas, conclui-se que a personagem-criança representada em toda a literatura infantil de Ana Maria Machado é aquela que se auto-afirma pela sua subjetividade, ou seja, pela maneira de explorar seu mundo exterior em consonância com seu mundo interior, baseada na reflexão sobre si mesma e sobre seu mundo circundante.