Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Cristiane Nunes Pereira dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/255378
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como tema o brincar das crianças indígenas na Educação Infantil e como objetivo geral compreender o brincar em uma escola indígena de Educação Infantil e construir uma proposta de educação intercultural entre as crianças da escola indígena e as de uma escola municipal. Os objetivos específicos são: identificar as brincadeiras presentes entre crianças de quatro e cinco anos de uma escola indígena do interior paulista; construir uma proposta, em formato de livro infantil, mediada pelas brincadeiras identificadas, visando à promoção de uma educação intercultural na Educação Infantil no contexto de uma escola indígena e de uma escola municipal. O referencial teórico está fundamentado em estudos do pensamento decolonial e da interculturalidade crítica, em articulação com a cultura corporal indígena no contexto da Educação Infantil. A pesquisa é fundamentada na abordagem qualitativa, do tipo pesquisa-ação, e foi desenvolvida em dois contextos: uma escola indígena do interior paulista e uma escola de Educação Infantil municipal. Participaram da pesquisa seis professores(as) e 29 crianças das duas escolas. Com base nos resultados, foi identificado o repertório de brincadeiras das crianças Terena da aldeia Kopenoti. A escuta sensível permitiu esse levantamento, o qual, por sua vez, possibilitou as vivências das brincadeiras e as escolhas daquelas às quais as próprias crianças gostariam de dar visibilidade por meio de um livro infantil. Ao analisar o brincar na perspectiva intercultural, promovendo um intercâmbio entre as crianças Terena da aldeia Kopenoti e as crianças da escola municipal, constatamos que é possível aplicar a Lei nº 11645/2008 (Brasil, 2008), que torna obrigatório o ensino da história e Cultura Indígena nas escolas brasileiras; substituir as práticas estereotipadas de trabalhos com a Cultura Indígena por práticas permeadas pelo pensamento decolonial e interculturalidade crítica; ampliar a visão de mundo da criança, possibilitando conhecer outros saberes e modos de vida evitando manter a formação de estereótipos e preconceitos; e efetivar a Cultura Indígena em todos os Projetos Políticos Pedagógicos das escolas. Conclui-se que, por meio desse diálogo intercultural, possa ser gerada uma educação humanizadora, emancipadora e transformadora da realidade nas escolas de Educação Infantil, a qual respeite as diversidades culturais brasileiras. |