Mangue preto (avicennia schaueriana) na fitorremediação de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos em sedimento de manguezal contaminado por petróleo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Naiara Cristina Pereira dos
Orientador(a): Moreira, Ícaro Thiago Andrade
Banca de defesa: Lima, Danúsia Ferreira, Nano, Rita Maria Weste
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: em Geoquímica: Petróleo e Meio Ambiente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Oil
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31701
Resumo: Nas últimas décadas ocorreram inúmeros vazamentos de petróleo em mares e oceanos, afetando principalmente estuários e manguezais.Entre os principais componentes do petróleo, os Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPAs) têm sido considerados como poluentes prioritários pela USEPA - Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos - devido aos seus efeitos tóxicos, carcinogênico e mutagênico.Desse modo, as questões envolvendo os ambientes marinhos têm trazido grande preocupação, sendo imprescindível a aplicação de medidas que minimizem os impactos gerados por essas atividades. Tratando-se do ecossistema de manguezal,uma das alternativas de destaque é a fitorremediação. Portanto, neste estudo, foi desenvolvido um sistema em circunstâncias laboratoriais utilizando a Avicennia schaueriana,uma espécie de mangue conhecida popularmente como mangue preto, para fitorremediar HPAs em sedimentos de manguezais contaminados por petróleo bruto. A biorremediação intrínseca foi utilizada como experimento de referência para verificação do comportamento dos microrganismosindígenas. O sistema consistiu em simular as condições semelhantes ao manguezal durante 3 meses e nos intervalos de 20, 40, 60 e 90 dias os parâmetros físico-químicos e biogeoquímicos foram analisados. Após 90 dias, foi possível verificar que o experimento da atenuação natural, ao somar as concentrações dos 16 HPAs, obteve redução de10.299 µg/kg para 5.315 µg/kg, entretanto no modelo da fitorremediação o comportamento foi de aumento ao avaliar o somatório dos 16 HPAs, saindo de 10.299 µg/kg para 16.187 µg/kg. Este resultado indica que a fitorremediação com Avicennia schaueiana esteve embasada, principalmente, no mecanismo da fitoimobilização/fitoestabilização, onde o óleo ficou retido narizosfera. Este comportamento foi favorecido pelas interações dos HPAs com os exsudatos liberados pelas raízes. As características granulométricas do sedimento foi outro fator que influenciou adsorção dos HPAs ao sedimento. Desse modo, a experiência mostrou que fitorremediação com A. shaueriana é uma alternativa promissora na imobilização de HPAs em ambientes de manguezal, fazendo-se necessário analises em uma escala maior de tempo e avaliação para associação com outras técnicas, como por exemplo, a bioestimulação, a fim de aumentar a eficiência na recuperação de ambientes impactados por HPAs provenientes de atividades petrolíferas.