Avaliação da microbiota associada a osteomielite crônica dos maxilares através de meio de cultura e PCR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Costa, Iracy [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/102342
Resumo: A osteomielite crônica de maxila e mandíbula é rara em países industrializados e sua ocorrência, nos países em desenvolvimento, está associada a trauma e procedimentos cirúrgicos, sendo que sua etiologia não foi estudada profundamente. O objetivo desse estudo foi avaliar a microbiota associada com a osteomielite de mandíbula e maxila em pacientes brasileiros. Após exames clínicos e radiográficos, amostras de seqüestros ósseos, secreção purulenta e biopsias de tecido granulomatoso de vinte e dois pacientes com osteomielite crônica da mandíbula e maxila foram cultivadas e submetidas à detecção de um conjunto de patógenos através do método do PCR. O isolamento bacteriano foi realizado em ágar “fastidious anaerobe” suplementado com hemina, menadiona e sangue de cavalo, para os microrganismos anaeróbios, e em ágar de tripticaseína de soja suplementado com extrato de levedura e sangue de cavalo, para os aeróbios e anaeróbios facultativos. Cada paciente apresentava uma única lesão. As placas foram incubadas em anaerobiose e aerobiose, a 37oC, por 14 e 3 dias, respectivamente. Bactérias foram cultivadas de 10 amostras de pacientes e os gêneros Actinomyces, Fusobacterium, Parvimonas e Staphylococcus foram os mais freqüentes. Através do PCR, DNA bacteriano foi detectado em amostras de 20 pacientes. Os resultados sugerem que as osteomielites crônicas dos maxilares geralmente são infecções anaeróbias mistas, reforçando o conceito de que estão relacionadas principalmente aos microrganismos do ecossistema bucal e que as infecções periapicais e periodontais podem atuar como fatores predisponentes.