Osteomielites dos maxilares: estudo clinicopatológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Nizyara Costa da
Orientador(a): Costa, Antônio de Lisboa Lopes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ODONTOLÓGICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49862
Resumo: A osteomielite é definida como um estado inflamatório do osso e sua etiopatogenia é multifatorial, incluindo traumas, doenças sistêmicas e infecções odontogênicas. Diante disso, essa pesquisa consistiu em um estudo de análise descritiva, retrospectiva e comparativa dos tipos de osteomielite, em que se propôs avaliar as características clínicopatológicas dessa lesão nos maxilares, diagnosticadas na Disciplina de Estomatologia e Patologia Oral, Departamento de Odontologia da UFRN, no período de janeiro de 1970 a dezembro de 2021. A amostra consistiu de 75 casos de osteomielite, sendo 9 casos de osteomielite aguda, 3 casos de osteomielite crônica primaria e 63 casos de osteomielite crônica secundária. Foi realizada a coleta dos dados clínicos, a partir do qual foram avaliados os dados demográficos, hábitos de etilismo e tabagismo, características das lesões e tratamentos utilizados. A análise radiográfica foi avaliada considerando a perda óssea, dimensão, reabsorção, fratura patológica, sequestro ósseo, osso reacional, localização e tamanho. O estudo morfológico avaliou os osteoblastos, osteoclastos, colônias bacterianas, osso necrótico e tecido de granulação. Para análise estatística foram utilizados os testes Exato de Fisher e o Qui-quadrado. Os resultados encontrados revelaram que o sexo feminino foi predominante com (n=67; 89,3%). A idade média foi de 42,68 anos com variação de 3 a 85 anos. A respeito da cor de pele, os pacientes autodeclarados brancos foram predominantes (n=37; 49,3%). Quanto aos tipos de osteomielite, a osteomielite crônica secundária foi predominante (n = 63, 84%), seguida pela osteomielite aguda (n = 9, 12%) e a osteomielite crônica primária (n = 3, 4%). Acerca da localização anatômica, a mandíbula foi predominante (n=70, 93,3%). Quanto às causas, a infeção odontogênica foi mais prevalente (n=41; 54,7%). O processo inflamatório esteve presente em todos os casos (n=75; 100%). Em relação aos neutrófilos, estiveram ausentes na maioria dos casos (n=51; 68%) e presentes discretamente em 24% (n=18). Diante dos resultados obtidos concluímos que a osteomielite é mais comum no sexo feminino com idade média de 42,68 anos, sendo o tipo mais comum a osteomielite crônica secundária, proveniente de infecção odontogênica e localizada em mandíbula. A associação entre o tipo de osteomielite e a presença ou ausência de colônias bacterianas mostrou associação estatisticamente significativa. O mesmo não aconteceu com as outras associações estatísticas realizadas nesta pesquisa.