Caracterização de antixenose e antibiose de genótipos de feijoeiro (Phaseolus vulgaris l.) sobre Bemisia tabaci (Genn.) biótipo B (Hemiptera: Aleyrodidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Thais Lohaine Braga dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154472
Resumo: O feijão-comum (Phaseolus vulgaris L., Fabaceae) apresenta elevado potencial prodtivo e é um dos alimentos mais consumidos em todo o mundo. Dentre os fatores que ocasionam queda de produtividade na cultura do feijoeiro, destaca-se o ataque de insetos-praga como a mosca-branca, Bemisia tabaci (Gennadius) biótipo B (Hemiptera: Aleyrodidae), em função dos intensos danos diretos e indiretos que podem ocasionar as plantas dessa leguminosa. Seu controle é realizado principalmente por meio de aplicações de inseticidas sintéticos, muitas vezes utilizadas em doses acima das recomendadas, favorecendo a seleção de insetos resistentes. O uso de genótipos resistentes pode ser uma estratégia eficiente para o manejo integrado da mosca-branca nas lavouras. Assim, este trabalho avaliou a possível expressão de antixenose e antibiose a partir de 78 genótipos de feijoeiro. Análises físicas e morfológicas das folhas também foram realizadas, a fim de identificar possíveis fatores de resistência dos genótipos a B. tabaci biótipo B. Inicialmente, realizaram-se ensaios com e sem chance de escolha (antixenose), onde avaliou-se o número de adultos, ovos e a colonização por ninfas nos genótipos de feijão. Análises colorimétricas e a caracterização (tipificação e densidade) dos tricomas existentes foram realizadas a fim de se estabelecer possíveis correlações com a colonização do inseto nesta etapa. Posteriormente, avaliou-se o desempenho biológico do inseto confinado a 17 genótipos previamente selecionados (Capítulo 1), a fim de caracterizar a expressão de antibiose. Para tanto, foram avaliados os seguintes parâmetros biológicos: período de incubação, período de duração dos instares, período ninfal total, período de desenvolvimento de ovo a adulto, mortalidade por ínstar ninfal e viabilidade ninfal. No teste de anixenose com chance de escolha, os genótipos BRS Ametista, BRS Estilo, BRS Esplendor, SCS 204 Predileto, BRS Notável, IPR Eldorado, CHIB 06, IPR Quero-Quero, Iapar 81, CHIP 338, IPR Garça, Arcelina 4, SCS 202 Guará, IAC Esperança, H96102-1-1-1-52, CHIP 348, Carioca Comum, CHIP 300, IAC Carioca Eté, IAC Ybaté e Tybatã apresentaram menor oviposição e colonização por ninfas da mosca-branca. Em teste sem chance de escolha, a maioria dos genótipos revelou baixa colonização por adultos da mosca-branca, com destaque para CHIB 06, IPR Garça, CHIP 300 e IAC Esperança. Verificou-se que os genótipos em que se constatou o maior número de adultos no ensaio sem chance de escolha apresentaram alta intensidade de luminosidade (L*), verde (a*) e amarelo (b*), indicando correlação positiva desses fatores com a atratividade e oviposição da mosca-branca. Nos genótipos BRS Ametista, SCS 204 Predileto, BRS-Estilo, IPR Eldorado, SCS-202 Guará, Carioca Comum, Arcelina 4, CHIP 348 e IAC Esperança a resistência se mostrou mais estável, manifestando-se também, em elevados níveis (≤ 20 adultos por folíolo e ≤ 1 ovo/cm2) no ensaio sem chance de escolha. No ensaio de antibiose, o genótipo CHIP 300 ocasionou um prolongamento acentuado no período de ovo a adulto (~ 10 dias), enquanto que os genótipos BRS Estilo, Arcelina 4, IPR Garça, Tybatã, CHIP 300, IPR Eldorado, H96A102-1-1-1-52 e CHIB 06 afetaram negativamente a viabilidade e mortalidade das ninfas da mosca-branca, sugerindo elevados níveis de resistência por antibiose e/ou antixenose. Esses genótipos constituem potenciais fontes de resistência a B. tabaci biótipo B e podem ser explorados em programas de melhoramento genético que visam a obtenção de linhagens resistentes a insetos.