A exposição ao bisfenol a induz à alterações parkinsonianas em Drosophila melanogaster - caracterização de um novo modelo experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Musachio, Elize Aparecida Santos lattes
Orientador(a): Prigol, Marina lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Acadêmico em Bioquímica
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Fly
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5650
Resumo: A constante exposição ao Bisfenol A (BFA) pode estar atribuída ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. Neste sentindo, a doença de Parkinson é uma doença degenerativa, na qual a patogênese ainda não está totalmente esclarecida, e atualmente vem se atribuindo também ao estresse oxidativo causado por toxicantes ambientais. Portanto, o objetivo deste trabalho foi elucidar se a exposição ao BFA estaria envolvida com o desenvolvimento de alterações tipo parkinsonianas em Drosophila melanogaster. Moscas adultas foram expostas por sete dias à duas concentrações de BFA (0.5mM e 1mM), acrescentados à dieta, além de um grupo controle no qual recebeu apenas a dieta sem o BFA. Ao final do sétimo dia, foram realizados testes comportamentais de geotaxia negativa, campo aberto e de equilíbrio. Também foram analisados biomarcadores de estresse oxidativo, níveis de dopamina e mortalidade. Foi observado que o BFA induziu estresse oxidativo a nível cerebral, caracterizado pelo aumento nos níveis de malondialdeído e de espécies reativas, e reduziu a atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase e catalase, e da enzima detoxificante glutationa-S-transferase. Observou-se também a diminuição da atividade metabólica mitocondrial e celular, redução da atividade da acetilcolinesterase e redução dos níveis de dopamina. Acredita-se que essas alterações estejam associadas à diminuição da atividade locomotora observada nos comportamentos de geotaxia negativa, campo aberto e equilíbrio, e também ao aumento da mortalidade das moscas expostas ao BFA. Em síntese, o BFA induziu à características Parkinsonianas em Drosophila melanogaster, sugerindo um novo modelo viável para estudos futuros.