O e-mail como porta de entrada para a utilização de gêneros textuais em ambientes digitais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Ricardo Gomes de
Orientador(a): Canto, Camila Gonçalves dos Santos do
Banca de defesa: Canto, Camila Gonçalves dos Santos do, Pérez, Cláudia Camerini Corrêa, Barbosa, Vanessa Fonseca
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Ensino de Linguas
Departamento: Campus Bagé
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5862
Resumo: Este compartilhar de pesquisa é fruto de um trabalho que desenvolveu, implantou e analisou um produto pedagógico, mostrando uma possibilidade de aproximação dos estudos linguísticos e as práticas de escrita no Ciberespaço. Realizou-se uma pesquisa-ação (THIOLLENT, 2011), concentrada na exploração de gêneros textuais a partir do E-mail, por alunos do 9º ano de escola pública do município de Santana do Livramento. O caminho teórico incluiu Letramento (STREET, 2014), Cibercultura (LÉVY, 1999; TAPSCOTT, 2010), Gêneros (MARSCUCHI, 2008, 2010; BAKTHIN, 1992) e Monitoração (HORA, 2014; BORTONI-RICARDO, 2005). Tratou o E-mail como porta de entrada para a utilização de gêneros textuais em ambientes digitais. O estudo mostrou que, desde um bilhete para um amigo até uma carta destinada a uma autoridade, o E-mail apresenta expressiva versatilidade para a construção e veiculação de gêneros textuais em sua plataforma, ainda pouco explorada (PAIVA, 2010). Destaca-se que o E-mail revigora o gênero epistolar, em alcance de pessoas e velocidade de interação. Ele é acessível a partir dos 13 anos de idade, gratuito, realiza o registro, armazenamento de mensagens e apresenta baixo risco de exposição. É assíncrono, fornece o tempo necessário para a reflexão semântica e pragmática, o que abre espaço para a mediação de aspectos da língua portuguesa. Os instrumentos de coleta de dados foram: questionário para checar o conhecimento tecnológico dos alunos, observações durante a implementação e questionário aplicado aos professores. A aplicação com estudantes de 9ºano ocorreu na forma de sequência didática (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004) teve como objetivo instrumentalizar os alunos para o uso qualificado do recurso digital, para esta que foi a primeira ferramenta de escrita digital a consolidar-se e continua sendo a mais utilizada a nível empresarial, institucional e, para as interações formais no Ciberespaço. Os dados do questionário revelaram que a maioria dos estudantes não enviava e-mail, mas todos possuíam perfil em rede social, o que sugere uma fragilidade quanto à possibilidade de escrita dos gêneros com variação de monitoração e consideração dos contextos sociais. Mais de 90% dos pesquisados, confirmaram que é necessário aprender a utilizar o e-mail, um consenso de que necessitarão lidar com a conta, inclusive, os alunos buscaram a mediação do professor tanto a nível de estrutura digital quanto para produzir nos gêneros textuais propostos. O estudo revelou que, embora usem tecnologia, os adolescentes nativos digitais precisam orientação para escrever seus textos em uma plataforma de E-mail. Conclui-se que o estudo do E-mail se encaixa perfeitamente para turmas de 9ºano, por ser uma alternativa digital assíncrona que facilita o aprendizado da língua, das tecnologias atuais de comunicação e, também, para a efetivação de práticas sociais em diversos segmentos da sociedade letrada, com a vantagem de revelar o locutor pelo seu endereço e pelo teor de seu texto, preservando a pessoa de uma exposição desnecessária em redes sociais que operam de forma síncrona.