Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Lima, Maria Eduarda de Lima |
Orientador(a): |
Vanderlei, Folmer,
Santamaría, Abel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Doutorado em Bioquímica
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Departamento: |
Campus Uruguaiana
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/2006
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Resumo: |
A erva mate é o produto do processamento de folhas secas e moídas de uma espécie arbórea, conhecida como Ilex paraguariensis. A apresentação comercial da erva-mate é utilizada no preparo de uma bebida tradicional, muito consumida na América do Sul. Dados da literatura tem comprovado uma diversidade de efeitos benéficos da erva-mate, principalmente o antioxidante. Sabe-se que uma grande quantidade de patologias apresenta o estresse oxidativo como um dos seus mecanismos nocivos, desta maneira, a busca por compostos naturais que possam balancear tais situações foi intensificada nos últimos anos. Considerando os aspectos mencionados, o objetivo principal do presente estudo foi avaliar os possíveis efeitos protetores do extrato de Ilex paraguariensis em diferentes perspectivas com ênfase no estresse oxidativo. Inicialmente, foi realizada a caraterização do extrato por HPLC, seguido por uma comparação in vitro em sinaptossomas, do extrato (200 mg/mL) com o seu composto majoritário, ácido clorogênico CGA (2 mg/mL), quanto a produção de ROS, peroxidação de lipídios, função mitocondrial por MTT e a razão GSH/GSSG. Por conseguinte, foi realizada a avaliação in vivo, onde ratos Wistar machos (300-330 g) foram submetidos a estresse por restrição de movimentos, associado a outros estímulos estressantes, por 21 dias, 6h por dia (crônico) e tratados, por via oral, concomitantemente com extrato (200 mg/mL) ou CGA (2 mg/mL) e foram analisados parâmetros comportamentais de atividade locomotora e ansiedade, bem como, aspectos de dano celular, em córtex, hipocampo e estriado. Por fim, em um modelo de camundongos diabéticos, induzido com estreptozotocina (100 mg/kg), foram verificados os efeitos do extrato de erva mate (850 mg/kg), por via oral, sobre os níveis de glicose, neuropatia diabética e marcadores de estresse oxidativo, em rim, fígado e cérebro. O extrato de erva mate mostrou-se mais efetivo que o ácido clorogênico na proteção do dano oxidativo em sinaptossomas, reduzindo a formação de ROS, peroxidação de lipídios e depleção de glutationa, fatos que podem explicar o efeito do extrato em prevenir a disfunção mitocondrial avaliada. Da mesma maneira, no modelo de estresse por restrição de movimentos, o extrato de erva mate foi mais efetivo que o ácido clorogênico em prevenir as alterações comportamentais dos animais. O grupo que recebeu o extrato como tratamento, apresentou atividade locomotora igual ou superior a do grupo controle. Os animais tratados com extrato também se mostraram menos ansiosos que os do grupo estressado que não recebeu tratamento. Além disso, o extrato exibiu efeito de proteção do dano celular de córtex, hipocampo e estriado, pois os animais tratados apresentaram um maior número de células viáveis nesses tecidos. Com relação aos efeitos do extrato no modelo induzido de diabetes, verificou-se que a erva mate possui atividade de proteção ao estresse oxidativo envolvido na patogênese dessa patologia, além de reduzir de maneira significativa o nível glicêmico dos animais e apresentar efeito protetor à neuropatia diabética. Com base nos resultados encontrados, é possível dizer que, de modo geral, a erva mate atua na proteção de diferentes aspectos do estresse oxidativo devido ao sinergismo dos seus componentes, tendo em vista que o ácido clorogênico isolado não apresentou efeito protetor igual ou superior ao do extrato. Através do seu efeito antioxidante, apresenta benefícios à redução dos danos causados pela hiperglicemia crônica no diabetes mellitus e também, na modulação de efeitos neuroprotetores e função mitocondrial. |